Recital de Lucas Lima leva Santos a destruir São Paulo no clássico

 

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Santos se preocupa com o Campeonato Brasileiro, o São Paulo só pensa nas semifinais da Copa Libertadores. Essas ideias ficaram bem claras no clássico  vencido pelo time santista neste domingo (26/6) no Pacaembu. Vitória por 3 a 0. Inquestionável.

Antes mesmo de as equipes entrarem em campo, depois da inúteis iniciativas de paz nos estádios, já se imaginava como seria o jogo. De um lado, titulares com fome. Do outro, um “catado” de garotos e alguns experientes sem o mínimo entrosamento.

E ficou ainda mais nítido segundos após o apito de abertura do clássico. Do início ao fim, um recital do Santos diante de um adversário sem nexo.

ANÁLISE DO JOGO

Lucas Lima rouba de Schimidt no campo do Santos, avança e vira para Gabriel na ponta direita, que cruza para entrada de Thiago Maia lá do outro lado. O volante bate, Denis caça borboleta e Vitor Bueno emenda para o gol. Tudo em apenas 40 segundos.

Sofrer um gol antes do primeiro minuto de um clássico arrebenta com tudo o que havia sido planejado. O São Paulo não viu a bola. Recheado de garotos, sem o mínimo de organização no meio-campo e apenas com Calleri brigando com os zagueiros lá na frente seria difícil reverter. O time não se recuperou do gol relâmpago e ficou grogue à mercê de levar o golpe fatal.

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Nesses momentos de pânico se esperava que um dos jogadores mais experientes do Tricolor fosse capaz de colocar a casa em ordem. Acalmar os meninos, puxar o time para a defesa. Mas Michel Bastos, o encarregado de supervisionar o meio-campo, estava com preguiça. Nem acompanhar o lateral Victor Ferraz ele se se dispôs.

Desordenado, o São Paulo se rendeu ao Santos, que nem se viu obrigado a se esforçar para sustentar a vantagem. Absoluto no clássico, encaixou uma nova trama da direita, com Lucas Lima, Gabriel e Victor Ferraz até o passe cruzado rasteiro encontrar Rodrigão sem amarras do outro lado quase na pequena área. Um cutucão e pronto: 2 a 0.

A esperança do Tricolor seria uma nova arrumação no intervalo do jogo. Ao Santos não havia necessidade nem de coçar a cabeça de preocupação com o que vinha do outro lado. Era só jogar na mesma toada.

 

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DESINTERESSE DE BAUZA

Quando os times voltaram para o segundo tempo, o pessoal do time de Dorival Júnior ficou ainda mais tranquilo. Bauza não havia feito nenhuma alteração. A segunda parte do clássico seria quase um teipe da primeira. Então, o Santos continuou com sua intensa troca de passes, jogadas verticais e dono absoluto do jogo.

Tudo ficou ainda mais fácil quando Bauza fez duas substituições por atacado ao tirar seu melhor jogador Luiz Araújo para dar vez a Hudson e ainda sacar o garoto Artur para movimentar Carlinhos. Os dois entraram não para mudar o jogo e sim ganhar ritmo – eles estavam afastados por lesão há mais de um mês.

Naquele momento das substituições, por volta dos 25 minutos, o treinador havia desistido do clássico. Sua preocupação era avaliar os jogadores de olho nas semifinais da Libertadores – a partir da próxima semana contra o Atlético Nacional de Medellín.

Como não tinha nada com isso, o Santos continuou soberano e coroou a exibição com um gol de patente de craque de Lucas Lima, em cobrança de falta, aos 44. O time já é o terceiro colocado e pede passagem.

 

FICHA DO JOGO

Santos 3 x 0 São Paulo

Gols: Vitor Bueno, aos 40 segundos; Rodrigão, aos 39 minutos do primeiro tempo; Lucas Lima, 44 minutos do segundo tempo

Santos: Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia (Caju), Renato, Lucas Lima (Jean Mota); e Vitor Bueno (Yuri) Rodrigo e Gabriel. Técnico: Dorival Júnior

São Paulo: Denis, Caramelo, Diego Lugano, Maicon e Matheus Reis; João Schimidt, Artur (Hudson), Luiz Araújo (Carlinhos) e Michel Bastos; Ytalo (Daniel) e  Calleri. Técnico: Edgardo Bauza

Juiz: Raphael Clauss
Cartões amarelos: Calleri, Gabriel, Hudson, Lucas Lima, Lugano
Cartão vermelho: Lugano
Renda: R$ 862.720,00
Público: 19. 748 pagantes
Local: Pacaembu

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