Entenda plano de Paulo Nobre para o Palmeiras comprar o Allianz Parque da WTorre e ampliar seu poder no clube

allianz_parque_030615Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, tem um projeto de compra da arena Allianz Parque, de propriedade da empresa WTorre, conforme contrato assinado com clube com validade por 30 anos. O dirigente, em fim de mandato, procurou parceiros na tentativa de viabilizar o negócio. Sua iniciativa é real, mas esbarra em interesses da empreiteira e não é tão fácil de equacionar o negócio, como Nobre mesmo disse em recentes entrevistas.

O plano de Nobre não era comprar o Allianz Parque e repassar ao Palmeiras, assim como um gesto de gratidão e amor eterno ao Palestra.

No seu projeto, o clube é quem compraria a arena da WTorre e ele, Nobre, seria o fiador da empreitada.

Antes de entrar nos detalhes da engenharia financeira, é bom explicar que a WTorre gastou cerca de R$ 600 milhões na construção do estádio. Parte desse investimento com recursos da própria empresa e a outra parte com dinheiro de um banco, com quem a WTorre ainda tem uma dívida.

Como seria a engenharia financeira arquitetada por Paulo Nobre?

O Palmeiras, com parceiros arrebanhados pelo presidente do clube, compraria o Allianz e ele, Nobre, assumiria a dívida que a WTorre tem com o banco, dívida essa de longo prazo – o dirigente já procurou o banco com o qual a construtora tem a dívida.

Assim o clube passaria a ter o controle total da arena e Paulo Nobre seria o avalista da dívida com o banco por um prazo estimado não menos que 20 anos.

Neste caso, o Palmeiras assumiria todas as despesas de manutenção (gramado, água, energia, limpeza, equipamentos…) e gestão do estádio, que tem alto custo e é bancado hoje de forma integral pela WTorre.

No acordo vigente, a construtora é obrigada a bancar todos os gastos com o estádio, ceder as datas para os jogos e com 100% da bilheteria ao Palmeiras, e ainda participação do clube em receitas de marketing, shows, venda de camarotes e outras fontes de arrecadação.3008935684-ae-presidente-do-palmeiras-paulo-nobre-fala-nesta-sexta-14-sobre-confusao-da-arbitragem-no-jogo-do-f

No mercado de negócios da construção, bastidores apontam que a WTorre não tem interesse em vender o Allianz Parque neste momento de crise econômica no Brasil. O negócio foi projetado para 30 anos e a empresa conta com lucros da receita da arena.

Se Paulo Nobre conseguir viabilizar o negócio, pode estender seu império no Palmeiras por mais uns 20 anos. Ele é novo, ama o clube, e tem tempo e dinheiro de sobra para sonhar.

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