Tite não vai mudar. Comanda a Seleção Brasileira há quatro anos, sempre com as mesmas ideias. Aciona os jogadores como robôs. Não para um minuto de gritar e a ditar regras como um sargento pedindo ordem unida aos recrutas. Uma chatice. Um tédio.
Primeiro tempo do Brasil contra a Venezuela não fugiu dessa regra, da voz de comando. A Seleção não se libertou em nenhum minuto. Lembrava uma antiga repartição pública com cada funcionário na sua mesinha carimbando papeis inúteis, sem saber a que se destina cada folha timbrada.
Tite não teve coragem de reinventar o time antes mesmo do intervalo. Atitude ou falta de atitude de um burocrata fiel às regras impressas na cartilha.
Colecionador de volantes, observou seus carimbadores da bola – Douglas Luiz e Allan, com ajuda cúmplice do lateral Danilo – sem agredir o adversário.
Não conseguiu conectar meias e atacantes diante de uma retranca de manual dos venezuelanos. Não mudou o curso do rio. Parece que Tite se surpreendeu com a postura do adversário.
Difícil acreditar que um técnico de Seleção Brasileira não soubesse como a Venezuela iria se apresentar – trancada a quatro chaves.
Ou seja, não há progresso. Time não evolui. É um carrossel de parque de diversões com cavalinhos girando sem sair do lugar.
Diriam os céticos que Tite perdeu sete jogadores por lesões e Covid. Não teve o astro-rei, Neymar, alvejado por um músculo esgarçado. É, pode ser.
Na realidade, não há progresso. O que temos é um retrocesso. Ninguém suporta um time sem proposta, uma Seleção sem alma de campeão, sem ser inventiva e refém das ideias retrógradas de Tite.
A insistir nessa toada, Brasil não vai ganhar a Copa do Mundo de 2022 no Catar. Tite já cansou. Quem acredita no seu discurso que embale essa Seleção, antes de cair no sono.