Ingleses são mais apaixonados por futebol do que os brasileiros e respeitam sua memória. Quem tem alguma dúvida, veja como eles cuidam da sua história neste rápido relato sobre a despedida do Boleyn Ground, estádio do West Ham construído em 1904. Nesta terça-feira (10/5), logo mais, às 15h45 (com transmissão da Fox Sport), no Campeonato Inglês, o West recebe o Manchester United no último jogo neste cenário emblemático.
Na próxima temporada, o clube vai mandar seus jogos no Estádio Olímpico, erguido em 2012 para a Olimpíada de Londres. O velho e impregnado de jornadas fantásticas do futebol Boleyn Ground vai dar lugar a um condomínio de 800 casas e uma área comercial e lazer.
Quando as retroescavadeiras rasgarem o estádio do West Ham para limpar o terreno, antes de se erguerem as novas edificações, a história vai se instalar no seu lugar. É por isso que os ingleses já cantam em louvor a um ícone de seu futebol.
Este estádio já foi alvo de uma bomba V-1 despejada pelos nazistas em 1944 na Segunda Guerra Mundial. E, entre tantos casos de paixão pela casa, também foi palco de jogos da lenda do futebol inglês Bobby Moore.
Uma das características mais interessantes do Boleyn é a tradição dos torcedores soprarem bolhinhas de sabão quando o West Ham entra em campo, seguida de uma canção emocionante.
Veja o vídeo produzido pelo clube que marca a despedida da sua casa. Impossível não se emocionar.
Quando disse no início deste post que os ingleses são mais apaixonados por futebol do que os brasileiros, recorro a um exemplo recente sobre o fim de um estádio e o começo do outro. Quando o velho Palestra Itália veio ao chão para dar lugar ao imponente e necessário Allianz Parque, o Palmeiras não produziu pelo menos um vídeo da dimensão desse que o West Ham divulgou para se despedir do Boleyn Ground.
Quem não conhece o que se passou no Boleyn Ground recomendo o vídeo do jornal The Guardian publicado no seu site nesta terça-feira (10/5):
Prósperi News 
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