Brasil baixa guarda diante dos EUA

Análise: Empate do Brasil contra os EUA expõe fragilidades antes da Copa América

Seleção Brasileira baixa guarda contra os Estados Unidos no último amistoso antes da estreia na Copa América. Empate por 1 a 1 na Flórida resume a exibição esquálida do time de Dorival Júnior. E dessa vez nem o precoce Endrick nem o endiabrado Vini Jr iluminaram o Brasil.

Fraco é a tradução real do primeiro tempo da Seleção Brasileira na quente Orlando. Marcação débil. Criação zero. Ataque razoável, mais por insistência de Rodrygo e Vini Jr.

Alguns jogadores, como Paquetá, andavam distantes do que acontecia no campo. Paquetá era imagem de um sonâmbulo. Quase não pegava na bola e tomadas de decisão equivocadas. A fonte a irradiar o time estava seca. Sua cabeça, parece, está no gancho forte que pode vir da Federação Inglesa no escândalo de apostas esportivas.

Volantes João Gomes e Bruno Guimarães, atores protagonistas em times coadjuvantes da Inglaterra, não ajustavam a marcação. Trânsito livre para Pulisic, Musah e Weah trafegarem no campo brasileiro.

A única boa notícia vem do ataque. Trocando de posições, entre setor esquerdo e o centro da área, Vini Jr e Rodrygo esquentavam cabeça dos marcadores americanos. Não por acaso, Rodrygo faz o primeiro gol do Brasil, aos 16 minutos, infiltrando nas costas da zaga dos EUA.

EUA e Brasil, empate no amistoso
Seleção comemora gol de Rodrygo – foto: CBF oficial

Vantagem brasileira dura exatos 9 minutos. Cobrança de falta, Pulisic faz o gol em falha gritante do goleiro Alisson. Aliás passa da hora de Alisson ser reserva, e olhe lá, do escrete.

Gol dos Estados Unidos, o sexto sofrido pela Seleção Brasileira comandada por Dorival Júnior – três da Espanha, dois do México e agora um dos EUA.

No segundo tempo, Dorival Jr volta com volante Douglas Luiz na vaga de João Gomes. Famoso seis por meia-dúzia.

Brasil ensaia domínio do jogo. Encantoa os americanos, chuta, chuta, mas sem precisão, sem norte, sem graça.

Dorival então resolve incendiar a Seleção. Aos 20 minutos, troca os pálidos Paquetá, Raphinha e Bruno Guimarães por Andreas Pereira, Savinho e Endrick.

Seleção ganha agilidade e talento. EUA se fecham ainda mais. Trancam todas as portas. No contra-ataque, obrigam Alisson a duas defesas salvadoras.

Vini Jr tem atuação discreta contra EUA – foto: CBF

Apático, Endrick não se faz presente. Arrisca dois chutes de longe ao gol. Em vão. Dessa vez o menino prodígio não salva o Brasil.

Dorival vai ter muita dor de cabeça para reorganizar a Seleção na Copa América que se avizinha. É hora de pagar a conta por apostar em de jogadores de times pequenos da Europa, maioria entre os 26 convocados.

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