Holanda e Inglaterra cumprem seu papel de protagonistas fechando o domingo, terceiro dia da Euro 2024, com vitórias econômicas. Os holandeses vencem de virada por 2 a 1 a brava Polônia e os ingleses passam por cima da Sérvia por 1 a 0, gol de Jude Bellingham.

Não foram exibições magníficas de duas seleções candidatas algo mais do que apenas passar pela Euro de forma burocrática.

A Holanda, no Grupo D, sofreu mais ao ser surpreendida com o gol do grandalhão Buksa, logo aos 16 minutos de jogo. E só deu o troco, aos 29, no gol de empate feito por Gakpo.

Empate se arrastou até 38 minutos do segundo tempo quando Weghorst decretou a vitória laranja. Detalhe: Weghorst entrou no jogo aos 36 substituindo Depay.

“Fomos dominantes no primeiro tempo. Criamos seis ou sete oportunidades muito, muito boas de gol. Maas temos de ser mais eficazes e tornar as coisas mais fáceis. Estou feliz por ter entrado e feito o gol da vitória”, disse Weghorst.

É o que espera a torcida da Holanda que inundou as ruas de Hamburgo com as cor laranja e entusiasmo acima da conta do normal.

Do lado polonês, decepção. Sem Levandowski, machucado, a seleção lutou muito, correu muito, esteve na frente no placar, mas acabou derrotada.

“Estamos um pouco decepcionados. Jogamos bem, defendemos bem, marcamos um gol. Mas é verdade que poderíamos ter feito mais nos últimos momentos”, disse Moder.

A Inglaterra, no Grupo C, também não foi de assombrar a concorrência. Diante de uma Sériva aguerrida, venceu por 1 a 0, gol dele, sim, Jude Bellingham – eleito melhor do jogo.

Bellingham sintetiza o poderio inglês:

“No primeiro tempo mostramos que somos capazes de marcar gols contra qualquer equipe e no segundo tempo mostramos que somos capazes de não sofre gols de qualquer equipe. Tivemos de suar um pouco mais, mas mantemos nossa baliza no zero e, quando é assim, basta marcar um gol para vencer o jogo.”

A sentença de Bellingham explica como a Inglaterra lutou para não sofrer o empate da Sérvia.

Quem sofreu foi a polícia em Gelsenkirchen para conter a batalha campal entre hooligans ingleses e sérvios. Muita pancadaria, depredação e enorme energia dependida para acabar com a violência.

O GOL DA RESSURREIÇÃO

O futebol capricha ao reservar momentos de muita emoção como o que se passou na partida Eslovênia 1 a 1 Dinamarca, Grupo C, nesse domingo em Stuttgart.

Aos 17 minutos de jogo, Eriksen faz o gol da Dinamarca provocando uma explosão de alegria e agradecimento na arena tingida de vermelho dinamarquês.

Não sem razão. Todo mundo ali no estádio e os que acompanhavam a partida via TV mundo afora, se lembrou do episódio angustiante da última Euro, em 2021, quando Erikson sofreu uma parada cardíaca e voltou à vida ao ser atendido ainda no gramado.

Três anos depois, Eriksen faz o gol de uma vida.

“Desta vez, na Euro, a minha história é muito diferente da última vez. Felizmente já passaram muitos jogos desde que isso aconteceu. Senti-me confiante quando entrei no campo e estava feliz por estar a jogar. Jogar na Euro é sempre especial. Fiquei muito contente (por ter feito o gol), porque nunca tinha marcado um na Euro. Mas não pensava em outra coisa senão no futebol. Fiquei feliz por ajudar minha equipe com o meu gol”, disse Eriksen.

O futebol é que agradece.