Espanha vence Itália, garante primeira posição do Grupo B e avança às oitavas de final. Os italianos decidem segundo lugar contra a Croácia. Albânia também tem chance e precisa derrotar os espanhóis.

No jogo em Frankfurt, o primeiro tempo não desperta grandes momentos. Mas no segundo, a Itália não via a Espanha. Não sabia como marcar, contra-atacar, suportar o massacre. Não tinha menor ideia do que fazer diante de um adversário dominante, de ocupação total de território, cruzamentos e um chute atrás do outro na meta de Donnarumma.

Enredo favorável aos espanhóis que usavam a velocidade dos pontas Yamal e Williams e a chegada de Pedri, Rodri e Fabián Ruiz, todos dentro do campo italiano, em busca do gol. Sem falar em Morata, muito bem nos arremates de fora da área. Pressão intensa e uma porção de chutes sucessivos em direção ao arco italiano.

Tamanho volume ofensivo e controle do jogo levam a Espanha ao gol contra do zagueiro Calafiori na tentativa de interceptar cruzamento de Nico Williams: 1 a 0, aos 10 minutos.

Feito o gol, os espanhóis diminuem o ritmo, acalmam a vida e permitem um respiro aos italianos, que encaixam algumas investidas no campo inimigo. Nada de muita importância, apenas para avisar que a Itália ainda estava viva.

A partir dos 20 minutos, técnico da Espanha troca seus quatro atacantes – Yamal, Williams, Morata e Pedro, uma opção para retomar a pressão em cima da Azzurra. Não muda o curso do rio.

Boa notícia aos italianos que, no desespero, partem em busca do empate. Missão quase impossível a um time voluntarioso e de pouco recurso técnico.

No fim, foi Donnammura quem mais apareceu com duas defesas impactantes. E no último minuto atravessou campo na derradeira cobrança de escanteio italiano que deu em nada.

Espanha vence com autoridade. Posse de bola, troca de passes, dribles dos pontas, 20 chutes a gol contra apenas quatro da Itália.

INGLATERRA ABRAÇA A DECEPÇÃO NA EURO

Inglaterra desembarca na Alemanha favorita das favoritas a levar a Euro 2024. Cantada em todo continente como esquadra imbatível tamanha quantidade de talentosos jogadores em todas posições do time. Duas rodadas depois, uma vitória magra em cima da Eslovênia e empate (1 a 1) contra Dinamarca, nessa quinta-feira (20/6), em Frankfurt, atestam uma verdade: Inglaterra é até aqui a maior decepção na Eurocopa.

“Não há nada pior para um treinador do que tornar o talento inconsequente . E foi isso que o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, conseguiu nos dois primeiros jogos da Euro. Se venceram o primeiro ao eliminar a Sérvia, o segundo empatou em 1 a 1 contra uma Dinamarca que mal venceu porque o berço do futebol está vazio de jogos. Esta Inglaterra é uma amálgama antinatural de jogadores de futebol e de posições que não sabe como ou onde atacar. Com quatro pontos, é normal que a Inglaterra esteja na segunda fase, mas uma Dinamarca combativa levou as suas cores”, diz Ladislao J. Moñino , cronista do El País, enviado especial a Frankfurt.

“Esta Inglaterra não parece boa por enquanto. Ele tem mais nomes do que um plano devido ao ataque técnico com que Southgate se apresentou na Alemanha. 
Entrou neste Europeu com uma invenção que não funcionou contra a Sérvia, apesar da vitória, e também não funcionou contra Dinamarca. A decisão de converter Arnold em meio-campista porque ele tem um bom passe não apenas condena um ala profundo, mas também desnatura tudo que está no cerne da criação. Esta é a Inglaterra com Arnold no comando. E não se sabe se Bellingham é craque, segundo atacante, armador ou meio-campista ofensivo. A Inglaterra é um caos individual.”

E pode continuar nessa toada se Southgate não der um jeito no time, em especial no meio-campo. Isso, é claro, se Southgate tem visão para propor a revolução na esquadra inglesa.

Confira a classificação nos grupos da Euro 2024:

https://www.uefa.com/euro2024/standings/