Brasil frustrante na estreia na Copa América 2024

Copa América 2024: Seleção Brasileira empata sem gols contra Costa Rica, atuação fraca e confusa na estreia

Seleção Brasileira frustra todas expectativas no empate sem gols contra Costa Rica na estreia na Copa América 2024. Atuação fraca, sem a menor inspiração e, pior, com péssimas escolhas de Dorival Júnior.

Onde já se viu um treinador de Seleção substituir seu principal jogador, falamos de Vini Jr, quando o jogo se apresentava complicado para o Brasil?

Pois bem, Dorival sacou Vini aos 25 minutos do segundo tempo para dar lugar a Endrick.

Naquele momento da troca, não havia menor necessidade de a Seleção atuar com dois volantes (Bruno Guimarães e João Gomes) um do lado do outro diante de uma Costa Rica, formada na sua maioria por jovens, entrincheirada com seus dez jogadores de linha quase todos na grande área.

Nos Mandamentos do futebol, a lógica seria sacar um dos volantes e dar lugar a um meia de criação.

E ainda em um campo de dimensões reduzidas (100 m de comprimento por 64 m de largura – oficial é de 105 m por 68 m). Perfeito para o futebol society que a Seleção praticava nessa estreia na Copa América.

Mesmo assim, Dorival opta pela saída de Vini, candidato a Melhor Jogador do Mundo na eleição da Fifa nessa temporada. Endrick entra na vaga de Vini e fica enjaulado entre uma porção de zagueiros. Detalhe: Endrick não recebe uma bola, ninguém serve o menino de ouro.

Na outra troca, Dorival aplica o seis por meia-dúzia. Savinho no lugar de Raphinha. Savinho se mostra mais atrevido que Raphinha, mas sem capacidade de mudar o curso do rio.

As substituições demoraram a acontecer. Não era o ataque o problema e sim o setor de criação.

E aí vamos ressaltar a opção equivocada por Lucas Paquetá, apontado por analistas e críticos de futebol como jogador dinâmico, criativo, capaz de encontrar soluções.

Difícil concordar com essas teses. Paquetá é tão comum como João Gomes e Bruno Guimarães, todos no máximo coadjuvantes. Todos atuando em times pequenos da Premier League, times moldados mais a defender do que atacar.

Contra a Costa Rica, usar os três no meio-campo desde o início do jogo e insistir assim até os 30 minutos do segundo tempo, soa uma provocação de Dorival.

Nesse sistema, a única luz vem de Rodrygo, com múltiplas tarefas na criação e chegada na área. Não por acaso tem sido o destaque desse início pobre de trabalho de Dorival.

Difícil acreditar que nessa altura de sua carreira, Dorival possa rever alguns de seus conceitos de futebol. Seleção Brasileira é outra história. Não é clube.

A estreia fraquíssima do Brasil na Copa América obriga Dorival a repensar algumas de suas verdades. Precisa de um plano B, subverter a lógica do time com trocas de esquemas e posição de jogadores. Deixar de seguir tudo dentro do quadradinho.

Neymar, afastado da Seleção por grave lesão no joelho, só voltará a jogar em setembro. Nas tribunas do estádio SoFi Stadium de Los Angeles, acompanhando a estreia do Brasil na Copa América 2024, Neymar, incrédulo, fez gestos de estranheza quando Dorival tirou Vini Jr do jogo. Isso diz muito do futuro da Seleção.

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