⊕ Santos sofre uma das mais impiedosas goleadas de sua história
⊕ Técnico Cleber Xavier é demitido ainda nos vestiários do Morumbi
Luiz Antônio Prósperi – 17 agosto 2025 (18h33) –
Neymar está sentado na grama. Cobre rosto com o braço esquerdo e a mão direita aperta os olhos. Lá no alto do Morumbi, quase vazio depois de ser entupido por mais de 54 mil torcedores, o placar implacável: Santos 0 a 6 Vasco. Domingo, 17 de agosto de 2025. Dia da maior goleada sofrida por Neymar desde o início de sua carreira como jogador profissional de futebol e uma das mais impactantes da vida do Santos.
Era para chorar mesmo. Mas entender também que é preciso jogar mais bola.
Neymar consegue se reerguer da grama. Caminha solitário chorando rumo aos vestiários até ser interceptado por Fernando Diniz, técnico do Vasco. Diniz estava ali como o último treinador que Neymar teve na Seleção Brasileira, quando o craque esgarça os ligamentos do joelho em 2023 e, por pouco, não arruina sua vida no futebol.
Abraços de sentimentos. Abraços de consolo.
Neymar deixa Diniz no meio do caminho e retoma seu calvário às lágrimas até mergulhar nos vestiários do estádio.
Destroçados, companheiros de Neymar também estavam sem rumo no gramado. Para que lado ir? Cadê as escadarias que levam aos subterrâneos do Morumbi?
A sova do Vasco, um time em franca luta contra a zona do rebaixamento no Brasileirão, valoriza a reorganização do time sob comando de Diniz. E deixa claro as fissuras nos diques de um Santos ainda sem norte e sul.
Lágrimas de Neymar, certamente da maioria de seus colegas de time, podem marcar uma nova retomada nos destinos do Santos no Brasileirão e resto da temporada 2025.
O que ja se sabia pós-goleada, uma das mais vergonhosas na história do Santos: Cleber Xavier e seus comissários, a mesma trupe de Tite na Seleção Brasileira de 2016 a 2022, seria destituída do comando do Santos.
Menos de meia-hora pós jogo estava tudo consumado. Cléber Xavier não é mais técnico do time santista. Demitido.
Neymar não voltou ao Santos para chorar.
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