Apostas esportivas continuam em alta no futebol. Caso de polícia. Enquanto autoridades da Turquia prendem e suspendem jogadores envolvidos na jogatina ilegal, no Brasil nem todos indiciados em casos semelhantes ao do futebol turco são punidos. Bruno Henrique, do Flamengo, é um deles. Acompanhe algumas publicações na mídia nesta segunda-feira 10 de novembro.
Caso Bruno Henrique
Deu na ESPN Brasil – Nesta segunda-feira (10/11), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi julgado pelo Pleno, que é a 2ª instância do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), em relação ao recurso da Procuradoria do tribunal quanto à sua condenação por 12 jogos de suspensão, mais multa de R$ 60 mil, em setembro deste ano. A sessão, porém, foi interrompida quando o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista (mais tempo para analisar o caso) do processo antes de proferir seu voto.
Com isso, o julgamento foi adiado. Ele será retomado na próxima quinta-feira (13/11), às 15h (de Brasília), como pauta única do dia.
No momento da interrupção, o único a ter se pronunciado foi o auditor Sérgio Furtado Filho, relator do caso. Ele votou para absolver o atleta no Art. 243-A (atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente) do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) – ou seja, liberando o atleta para voltar a jogar.
A denúncia – Iniciada em novembro de 2024, a investigação da Polícia Federal contra Bruno Henrique motivou uma operação de busca e apreensão, em que os investigadores extraíram conversas do celular de Wander, irmão do jogador, que embasaram os indiciamentos.
O atacante flamenguista teria informado o irmão que, pendurado com dois cartões, tomaria um terceiro cartão amarelo no jogo contra o Santos.
As apostas feitas por Wander, a esposa do atleta, uma prima e amigos levantaram a suspeita das casas de apostas, que estranharam o volume de apostas pelo cartão de Bruno Henrique especificamente nesse jogo.
Foi justamente a investigação da Polícia Federal que iniciou também um processo na esfera desportiva, levando Bruno Henrique ao julgamento no STJD.
Prisões na Turquia
Deu na Reuters e The Guardian – As autoridades turcas prenderam formalmente oito pessoas nesta segunda-feira (10/11), incluindo o presidente de um clube da primeira divisão, como parte de uma investigação sobre supostas apostas em partidas de futebol. A Federação Turca de Futebol (TFF) também suspendeu 1.024 jogadores enquanto aguardam investigações
A Federação Turca de Futebol (TFF) suspendeu 149 árbitros e árbitros assistentes no início deste mês, após uma investigação constatar que dirigentes que trabalhavam nas ligas profissionais do país estavam apostando em partidas de futebol
A agência de notícias estatal turca Anadolu informou que um tribunal ordenou a prisão do presidente do Eyupspor, Murat Ozkaya, e de outras sete pessoas como parte da investigação. O Eyupspor, que disputa a primeira divisão do futebol turco, a Super Lig, não estava disponível para comentar o assunto de imediato.
Em comunicado, a Federação Turca de Futebol (TFF) informou ter encaminhado 1.024 jogadores de todas as ligas ao Conselho Disciplinar do Futebol Profissional (PFDK) como parte da investigação, incluindo 27 jogadores da Super Lig, que foram todos suspensos. Entre esses 27, estavam jogadores do Galatasaray, atual campeão, e do Besiktas, rival de Istambul, entre outros.
“Devido à transferência preventiva de 1.024 jogadores de futebol para a PFDK, foram iniciadas negociações urgentes com a Fifa para conceder um período de transferência e inscrição de 15 dias, além do período de transferências de inverno de 2025-2026, apenas em nível nacional, para que os clubes possam suprir as deficiências de seus elencos”, disse a TFF.
O comunicado também informou que as partidas da segunda e terceira divisões foram suspensas por duas semanas, enquanto a mídia local noticiou que a diretoria da TFF realizará uma reunião extraordinária às 14h (GMT) de terça-feira.
A Fifa, entidade máxima do futebol mundial, não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters sobre a investigação e a solicitação da TFF por um período de transferências de 15 dias.
O presidente da Federação Turca de Futebol (TFF), Ibrahim Haciosmanoglu, descreveu a situação como uma “crise moral no futebol turco”. Uma investigação interna da entidade revelou que 371 dos 571 árbitros em atividade nas ligas profissionais da Turquia possuíam contas de apostas, e 152 deles apostavam ativamente.
Um árbitro fez 18.227 apostas e 42 árbitros apostaram em mais de 1.000 partidas de futebol cada um. Outros apostaram apenas uma vez.





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