Luiz Antônio Prósperi – 21 setembro 2025 (21h45) –

Masour Ousmane Dembélé, 28 anos, nascido em Vernon, região da Normandia da França, é eleito melhor jogador do mundo no prêmio Bola de Ouro 2025, anunciado em Paris nesta segunda-feira (21/9). O sobrenome Dembélé é “de origem africana ocidental, com forte presença na região dos Mandé, onde se localizam países como Mali, Senegal e Guiné. Seus pais conheceram-se depois de terem imigrado para a França”. Tudo isso está na pesquisa da Inteligência Artificial. A conversa não é essa. A origem de Dembélé está ligada ao continente africano, sabemos até por intuição. Na bola, sua formação passa por comunidades francesas onde vencer no futebol é o remédio da cura e o pote de ouro. Nada muito diferente, por exemplo, das origens de Vini Jr, nossa última estrela com brilho próprio, assim mesmo sem ofuscar as retinas.

Astro e decisivo no PSG, clube sustentado há mais de dez anos com a grana do Qatar, Dembélé merecia mesmo agraciar a reluzente Bola de Ouro, prêmio instituído pela revista France Football com aval do jornal L’Equipe, todos de Paris. Isso não quer dizer que Dembelé por ser francês e jogar no Paris Saint-Germain tenha sido protegido. E mais: que a eleição com votos de mais de cem jornalistas europeus tenha sido fajuta, de cartas marcadas. A conversa não é o processo eleitoral.

Falamos aqui na carência de jogadores indiscutíveis. Daqueles de respeito absoluto. Daqueles de envergonhar o resto. Daqueles de ter a cumplicidade da bola. Tipo, os intocáveis. Parece, essa espécie está em extinção. Talvez um Lamine Yamal, 18 anos. Quem sabe? Um Estevão, 18 anos, por que não? Todos aguardando o futuro enquanto encantam serpentes.

A verdade, com ares de absoluta, é que vivemos uma carestia de jogadores indiscutíveis. No Brasil e mundo afora.

Na aclamação de Dembélé, em noite de gala em Paris, o brasileiro mais bem qualificado ficou em quinto lugar. Falamos de Raphinha do Barcelona. Suas jornadas espetaculares, diria memoráveis, com a camisa do Barcelona na última temporada, parece, não convenceram os eleitores do troféu Bola de Ouro. Assim como no pleito passado quando Vini Jr, arrasador no Real Madrid, perdeu para o volante espanhol Rodri do Manchester City.

Eleger o Melhor do Mundo, o Bola de Ouro, hoje em dia é uma ficção. Temos muitos candidatos a cometa, meteoros. E nenhuma estrela com posição definitiva no alinhamento dos astros no universo.

Dembelé no Rennes, início do melhor do mundo
Dembélé, origem no Rennes e Melhor do Mundo no PSG – foto: Fifa oficial

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