Itália não está disposta a passar o bastão de atual campeão da Eurocopa. Diante de uma Albânia turbinada por uma multidão barulhenta de estimados 50 mil torcedores, a dona do título da edição de 2021 se impôs. Venceu por 2 a 1, mesmo atordoada ao sofrer o gol mais rápido da história da Euro – aos 24 segundos, de Nedim Bajrami aproveitando lateral equivocado de Di Marco. Vitória italiana das mais importantes, sábado (15/6), em Dortmund, dominada pelos albaneses desde a véspera do jogo.
Exatamente o que a Itália fez ao sofrer aquele gol inimaginável. Partiu para cima da Albânia, impetuosa, coerente, trocando passes rápidos até virar o jogo e assumir o controle da situação.
Bastoni, aos 11 minutos, em jogada ensaiada de cobrança de escanteio, e Barella, aos 16, com um torpedo de voleio, restabeleceram a hierarquia já no primeiro tempo. A dupla da Internazionale devolvia à Itália o protagonismo.
Sem poder de reação, a Albânia bem que fez de tudo para responder no pulso de sua torcida – maioria absoluta no estádio. “Podíamos ter gerido melhor, mas não podemos esquecer que defrontamos uma equipa muito boa”, disse o treinador da Albânia, o brasileiro Sylvinho, ex-técnico do Corinthians. “A Itália acelerou bastante o ritmo.”
Do lado italiano, apesar da superioridade técnica, havia o temor de sofrer o empate, que seria um desastre na estreia.
“Achávamos que éramos melhores do que somos em muitas situações”, disse Spalletti. “Precisamos ser mais malvados.”
A próxima parada italiana é contra Espanha, que despachou a Croácia por 3 a 0 no jogo de abertura do Grupo B. Spalletti, parece, tem uma receita: se inspirar no feito da Itália na Euro 2021 e não esmorecer.
“Para lutar por isso só temos um caminho, e é através do bom futebol”, disse ele. “A única coisa que pode nos salvar é a nossa marca de futebol.”
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