Espanha e Inglaterra decidem a final da Euro 2024, domingo (14/7), em Berlim. Último capítulo de um torneio carimbado pela nova geração, despedida de ícones, muita festa nas ruas da Alemanha, tensão política, pouca violência, problemas nos estádios e jogos memoráveis. Coube tudo na Eurocopa. Até mesmo a decisão entre a melhor seleção e uma desafiante se arrastando ao longo da competição.
ESPANHA vs INGLATERRA – domingo (14/7) – 16H – na TV:
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https://x.com/EURO2024/status/1811166497647251935
A rigor não se tem a menor dúvida do favoritismo da Espanha. Em seis jogos, entre fase de grupos e mata-mata, venceu todos deixando pelo caminho a campeã Itália, anfitriã Alemanha e a sempre poderosa França.
Joga um vistoso futebol voltado ao ataque, inferniza os defensores com a juventude e ousadia dos ponteiros Yamal (17 anos) e Nico Williams (21) e se mantém sensata, ao mesmo tempo dominante, apoiada no regente Rodri e nos meias Olmo e Brian Ruiz.
Espanha joga para se tornar a única tetracampeã da Eurocopa.

Inglaterra chega à decisão na condição de azarão. Campanha modesta nas duas fases do torneio. Jogos sem brilho e resolvido na sua maioria nos minutos finais. O gol de Watkins diante da Holanda traduz bem o comportamento da seleção inglesa.
Vice-campeã na Euro 2021, derrotada em casa pela Itália, Inglaterra ainda tem esperança de um grande jogo de Phill Foden, Harry Kane e, imprescindível, Bellingham. A conferir.

A final entre duas potências do continente sela uma Euro emocionante nas ruas. Quase um desfile de carnaval proporcionado pelos torcedores. Escócia e Holanda disputaram o quesito de mais animada. Holandeses venceram a parada arrepiando de alegria as cidades alemãs. Veja vídeo abaixo:
https://x.com/OnsOranje/status/1812176771183202395
Fuzarca nas ruas, bares, pontos turísticos, mas dentro dos estádios muita reclamação de jogadores e comissões técnicas com estado dos gramados, a maioria danificada nesse fim de temporada europeia. E uma marca desse torneio: chuva de copos arremessados à beira de campo, vazios ou cheios de cerveja.
Euro também teve momentos tensos na esfera política. Zagueiro Demiral, da Turquia, foi punido por dois jogos ao comemorar um de seus gols contra Áustria com gestos de extrema-direita. Celebração do Lobo provocou uma crise diplomática entre Alemanha e Turquia.

Jogos entre seleções da região dos Balcãs também foram marcados por manifestações políticas de todo calibre.
Quando a bola rolou, a Euro fez as honras de despedidas importantes. Cristiano Ronaldo, um dos recordistas da história da Eurocopa, sai de cena sem ter feito um gol. Mais atrapalhou do que ajudou Portugal. E chorou ao perder um pênalti.
Modric também deu tchau. Sem forças para conduzir a Croácia, se despediu de grandes torneios com evidentes sinais de fadiga de material.
Toni Kross, esse sim encerrou a carreira de fato. Disse adeus quando Alemanha foi eliminada pela Espanha nas quartas de final. Abandonou a carreira. Em outros tempos, se dizia: pendurou as chuteiras.
Se despedem os veteranos, surgem os garotos Yamal (Espanha), Musiala (Alemanha), Wirtz (Alemanha), Nico Williams (Espanha), Xavi Simons (Holanda), Arda Guler (Turquia) e uma trupe de jovens a assumir protagonismo na Copa do Mundo de 2026 e Eurocopa 2028. É de se acompanhar de perto.
E assim chega ao fim a Euro 2024. Repleta de jogos alucinantes, pouca novidade tática, muita entrega e disposição física inimagináveis nesse fim de temporada na Europa.





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