Luiz Antônio Prósperi – 19 setembro (15h25)

São Paulo, Atlético MG e Fortaleza não jogam futebol prazeroso de se ver nas Copas continentais. Prioridade é se defender. Marcação individual prevalece. Coincidência ou não, os três times são dirigidos por técnicos argentinos. Zubeldía no São Paulo, Milito no Atlético e Vojvoda no Fortaleza. Gostam de retrancar suas equipes e, muito raro, apresentam alguma ousadia até em jogos mais fáceis.

Estratégias, diriam os incautos. Copa se joga assim. Defesa, defesa, defesa e, se o adversário fraquejar, um contra-ataque resolve tudo. É, pode ser.

Fortaleza, de Vojvoda, no Castelão lotado, terça-feira (17/9), não teve meios de atacar o contestado Corinthians dirigido também por um argentino, Ramón Diaz. Jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.

Vojvoda gosta que adversários fustiguem o seu time e para ferroar quando rouba a bola. Acontece que o Corinthians também adotou esse modelo. Retranca. Saiu pouco de sua trincheira e, quando criou asas, foi letal.

Sem repertório ofensivo, Fortaleza levou 2 a 0 na cara e agora vai ter de se espernear muito pra devolver resultado na Arena do Corinthians.

Atlético também conhece sabor amargo de se defender fora de casa e pouco atormentar o inimigo no ataque. Marcou, como se dizia antigamente, homem a homem o Fluminense e saiu derrotado por a 1 no jogo de ida da Libertadores.

A filosofia que havia dado resultado, quando eliminou o São Paulo na Copa do Brasil, não teve valia no Maracanã. Contra o Tricolor venceu por 1 a 0 no Morumbi, gol nos últimos minutos, e sustentou empate sem gols no Mineirão na volta.

Milito adotou esses mesmos costumes contra o Flu de Mano Menezes, treinador acometido da febre de jogar na retranca. E perdeu no jogo de ida das quartas de final de Libertadores. Quem muito marca, pouco ataca.

Argentino Zubeldía cauteloso na Libertadores

É o mesmo caso do São Paulo de Zubeldía.Marcou a ferro e fogo o Botafogo no Rio. Sofreu um bocado atrás com uma saraivada de balas que vinham de tudo quanto é lado do ataque do Botafogo. E, por sorte, volta para casa com o empate por 0 a 0, também nas quartas da Libertadores.

Sofrer à beça e sair ferido, mas glorificado com um resultado favorável, parece estar escrito nas cartilhas de Zubeldía, Milito e Vojvoda.

Há quem admire esse comportamento e garante que tudo é uma questão de estratégia.

No futebol cabe tudo, por mais que tudo seja um tédio. Prazer? E La Nave Va.


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