
Análise do Futebol Rude da Seleção Brasileira Sub-20
Luiz Antônio Prósperi – 14 fevereiro (17h05) – Seleção Brasileira Sub-20 pode levantar a taça de campeã do Sul-Americano, domingo, na Venezuela. Título a ser comemorado por Ramon Menezes, presidente da CBF e os garotos desse time do Brasil. E paramos por aí. CBF e o técnico Ramon, mesmo com as honras de campeão, tiveram…
Luiz Antônio Prósperi – 14 fevereiro (17h05) –
Seleção Brasileira Sub-20 pode levantar a taça de campeã do Sul-Americano, domingo, na Venezuela. Título a ser comemorado por Ramon Menezes, presidente da CBF e os garotos desse time do Brasil. E paramos por aí. CBF e o técnico Ramon, mesmo com as honras de campeão, tiveram a capacidade de fazer da seleção de garotos um amontoado de trogloditas. A ordem é do anti-jogo, da força física à intimidação, de fazer um gol e recuar, conceitos ultrapassados mas em vigência nesse selecionado no Sul-Americano. Um desatino.
Empate por 1 a 1 com Argentina quinta-feira (13/2) escancara o futebol rude dos meninos do Brasil. Sem falar da saraivada de pontapés de garotos em puro estado de fúria, como, por exemplo, de Igor Serrote, lateral-direito do Grêmio. Jogador de 1m80 por pouco não parte ao meio os argentinos Julio Soler e Alex Woiski, tamanha violência de suas entradas.
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Nem só de botinadas, porém, vive essa seleção. Por ordem clara de Ramon Menezes, o time tem de se impor na força física. Zagueiros Iago (Flamengo) e Jair (ex-Santos e vendido ao Botafogo) tem 1m88 e 1m98 de altura, respectivamente.
Somos um time de adolescentes fortes e de muita energia, atributos que Ramon Menezes soube explorar após levar a esfrega de 6 a 0 da Argentina logo na estreia do Sul-Americano.
Campanha da primeira fase, com duas vitórias e duas derrotas, favorece a Ramon a mudar de comportamento no hexagonal final. Seleção vira pragmática, intimidadora por seu porte físico, acumulando vitórias magras, sem brilho e requinte.
E se candidata ao título ao empatar por 1 a 1 com a Argentina depois de sair em desvantagem no placar.
O jogo, um clássico da América do Sul, vira quase uma batalha. Nosso Serrote no comando da infantaria. De tapar o rosto de vergonha.
A culpa não é só do Serrote. Ramon Menezes, que teve sua demissão anunciada pelo presidente da CBF Ednaldo Rodrigues ano passado mas não decretada, não é treinador de escrete. E a CBF sabia muito bem disso.
Ramon não classifica o Brasil aos Jogos Olímpicos de 2024. Seleção tinha Endrick, John Kennedy, Maurício (hoje no Palmeiras), Andrey Santos (Chelsea) entre outros badalados garotos. Mesmo assim, não chegou a Paris.
Sob comando do mesmo Ramon, Brasil cai nas quartas de final do Mundial Sub-20 2023 eliminado por Israel. Veja bem, Israel.
Ednaldo ainda deu a Ramon o privilégio de comandar a Seleção principal em três amistosos Data-Fifa em junho de 2023. Brasil perde por 2 a 1 para Marrocos e 4 a 2 para Senegal, vence Guiné por 4 a 1. No futebol, leia-se vexame.
A Ramon cabe uma desculpa de que nem sempre pode contar com todos expoentes da geração Sub-20. Maioria dos clubes brasileiros e lá de fora não libera seus meninos ilustres para servir o escrete nacional.
Ainda bem. Seria triste, para não dizer lamentável, ver a geração de Endrick refém de um futebol de resultados e imposição física.
Seria bom cantar Ainda Somos os Mesmos e jogamos como Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Ronaldo Fenômeno, Zico, Sócrates … Tostão… Garrincha … Pelé. Impossível. Formamos gladiadores, artistas não cabem na moldura da CBF e Ramon.
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