Presidente da Conmebol diz que a entidade faz tudo o que está a seu alcance para estancar o racismo em jogos de torneios de sua responsabilidade

Libertadores sem clubes brasileiros é como “Tarzan sem a Chita”


Luiz Antônio Prósperi – 18 março (11h05) –

Conmebol aponta com toda transparência e sem constrangimento que o racismo no futebol da América do Sul é um problema grave, mas que afeta mais futebol brasileiro. Resto do continente não teria nada com isso. E anuncia convocação de autoridades governamentais mais confederações nacionais para tratar de medidas anti-racistas.

Diante de dirigentes de clubes de todos os países sul-americanos, no sorteio da Libertadores segunda-feira (17/3), o presidente da Conmebol Alejandro Dominguez opta por falar em português o trecho de seu discurso a respeito do racismo, citando o caso do garoto Luighi do Palmeiras. Fala direcionada com todas letras possíveis a clubes brasileiros.

Nos outros temas do discurso, Alejandro adota o idioma espanhol dominante nos nove países sul-americanos, fora o Brasil.

E a proposta da Conmebol para dar um basta ao racismo soa uma provocação quando o presidente disse que a entidade “já faz tudo o que está a seu alcance” para estancar os casos nos jogos de torneios de sua responsabilidade.

No caso do garoto Luighi, do Palmeiras, Conmebol “pune” Cerro Porteño com multa de 50 mil dólares e exige que o clube paraguaio faça campanhas educativas contra o racismo em suas mídias sociais.

Confira trecho do discurso do presidente da Conmebol:

Palmeiras não concorda com a posição da Conmebol. Presidente Leila Pereira nem compareceu ao sorteio da Libertadores em protesto à punição branda imposta pela entidade ao Cerro Porteño no caso Luighi.

A maioria dos 14 clubes brasileiros (sete da Libertadores e sete da Copa Sul-Americana) não se posicionou a respeito da fala do presidente da Conmebol.

Ao fim do sorteio dos grupos da Libertadores e Sul-Americana, o presidente Alejandro Dominguez foi perguntado por um repórter como seria a Libertadores sem clubes brasileiros, em eventual boicote por causa dos casos de racismo.

Pergunta do repórter: “Acredita em uma Libertadores sem equipes brasileiras?”

Resposta do presidente da Conmebol: “Seria como Tarzan sem a Chita”.

Para quem não conhece a História em Quadrinhos do Tarzan, a Chita é uma Chimpanzé.

E La Nave Va.


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