Vitória na Libertadores do Racing diante do Fortaleza é a síntese de uma decadência do futebol brasileiro e nova ascensão da Argentina

Clubes brasileiros, cheios de dinheiro e economia mais forte do país, conseguem se impor na Libertadores. E reforçam nossa arrogância


Luiz Antônio Prósperi – 2 abril (00h49) –

Racing da Argentina vence Fortaleza por 3 a 0 na abertura da Libertadores 2025, terça-feira (01/4). Poderia ter sido mais, tamanho domínio do time argentino no Castelão lotado – pouco mais de 40 mil torcedores no estádio.

A vitória do Racing é a síntese de uma decadência do futebol brasileiro e nova ascensão da Argentina.

Veja, o jogador do Fortaleza mais esculachado pela torcida na derrota para o Racing responde pelo nome de Pol Fernández, natural da Argentina. Até temporada passada, Pol era um dos expoentes do poderoso Boca Junior e chega ao Fortaleza para fazer a diferença.

Que não se perca na análise. Decepção dos cearenses ganha peso pelo passado recente de bons desempenhos do Fortaleza sob a batuta do técnico argentino Pablo Vojvoda – o treinador mais longevo do atual futebol brasileiro, há mais de quatro temporadas no Leão do Pici.

Argentino Vojvoda não foi páreo ao Racing. No fim do ano passado, esse mesmo Racing conquista a Copa Sul-Americana esfregando na cara dos brasileiros a sua superioridade passando na final contra o Cruzeiro, semifinal diante do Corinthians e quartas de final em cima do Atlético-PR.

Racing também trucida o Botafogo (campeão da Libertadores) na disputa Recopa Sul-Americana 2025. Vence os dois jogos por 2 a 0, dentro e fora de casa.

Deixa o Racing de lado. Confira esse detalhe:

Dos 32 clubes participantes da Libertadores 2025, 17 têm técnicos argentinos no comando – em seis times da Argentina e em dez clubes de outros países (incluindo Vojvoda no Fortaleza e Zubeldía no São Paulo).

No cenário das seleções nacionais no continente, apenas Brasil e Bolívia não são comandados por treinadores argentinos. Eles chefiam as outras oito seleções nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026.

Nem vamos entrar aqui no mérito da vitória, o 4 a 1, há uma semana em Buenos Aires, quando a seleção deles destruiu a nossa. Derrota que custou a cabeça de Dorival Júnior no escrete.

Sim, o pobre rico futebol da Argentina parece bem superior ao do Brasil. Se no momento temos clubes dominantes na força da grana, eles têm técnica e técnicos de sobra.

Com dinheiro e economia mais forte, clubes brasileiros ainda se impõem na Libertadores. E reforçam nossa arrogância na hegemonia que se estende desde 2019. Até quando?

Na bola, bola mesmo, os hermanos nos humilham enquanto a gente nem sabe como salgar nossas feridas.


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