Luiz Antônio Prósperi – 3 abril (11h41) –
Corinthians não tem tempo para respirar. Uma semana após celebrar conquista do Paulistão, cai na vala comum dos que não sobrevivem em torneios internacionais – há menos de um mês era eliminado em casa na fase pré da Libertadores. A derrota (2 a 1) diante do modesto Huracán, da Argentina, quarta-feira (02/4), na estreia na Copa Sul-Americana, diz tudo.
Ao se ver privado de contar com sua Fiel na plenitude e sem meios de praticar o anti-jogo adotado contra o Palmeiras na final do Paulistão, sucumbe na pobreza de seu futebol e decisões equivocadas de sua comissão técnica.
O enredo dessa derrota começa com a punição às torcidas organizadas do Corinthians. Por recomendação do Ministério Público de São Paulo, a Federação Paulista veta a presença das facções corintianas em estádios de São Paulo até dezembro 2025.
Punição tem como base o uso de sinalizadores nas arquibancadas, rojões atirados no campo de jogo na final do Paulistão. E uma série de movimentos que paralisaram aquela partida.
Enfim, um basta ao que se convenciona bradar que na Neo Química Arena tudo pode. Desde fogos de artifício em direção aos jogadores, cabeça de porco atirada no gramado e outras manifestações fora da conduta normal no futebol.
Sem o poder de pressão da Fiel, Corinthians amolece. Bom alertar que os torcedores organizados estavam no estádio, mas sem bandeiras, signos de identificação e sem ação.
INDIGNIDADE
Outro aspecto a ser levar em consideração na derrota diante do Huracán é o constrangimento dos jogadores em praticar o anti-jogo, no modelo adotado contra o Palmeiras.
Acompanhe a declaração do volante Raniele:
Contra o Palmeiras, em 112 minutos de jogo concedido pelo árbitro, a bola rolou em apenas 48 minutos. Uma indignidade pouco alardeada por boa parte da mídia esportiva e influencers nas redes sociais. A normalização do anti-jogo.
Se esse é o futebol que o Corinthians pretende adotar para ser campeão, parabéns.
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