Luiz Antônio Prósperi – 5 maio (22h11) –

Seleção Brasileira não vence o Equador na estreia de Carlo Ancelotti. Sai de Guayaquil com 0 a 0 e sem muito a lamentar. Simples, de uma simplicidade sem fim. Nada ousada. Nem poderia ser diferente. Trata-se do primeiro jogo da Seleção sob tutela do técnico italiano. Até por isso, seria assustador o Brasil atuar desorganizado ou atrevido. Carletto não costuma inventar. Alívio. Mesmo sem vencer a Seleção parece mais leve, sem as toneladas nas costas após dois anos à deriva.

Então, no primeiro tempo na casa do Equador, pouco se viu o escrete no ataque. Uma ou outra investida de Vini no setor esquerdo, uma roubada de bola de Estevão que trouxe pânico aos equatorianos. Nada mais. No setor defensivo, tudo normal também. Apenas Gerson e Bruno Guimarães poderiam dar algo mais na saída ao ataque, a tal transição. Enfim, Ancelotti não gosta de sofrer. Mascar chicletes alivia. Sua Seleção mascou chicletes nos 45 minutos iniciais.

A conversa no segundo tempo poderia ser outra. Até os 18 minutos, nada muda. Ancelotti resolve se coçar. Troca Richarlison, sem sintonia desde o início do jogo, e Estevão, língua de fora de tanto ir e vir entre atacar e ajudar a defesa. Entram Matheus Cunha e Gabriel Martinelli. Fôlego a mais, futebol igual.

Equador, em casa, fica mais à vontade. Troca passes sem se incomodar. Empurra o Brasil e cria alguns embaraços ao setor defensivo brasileiro. Chutes trovejam em cima de Alisson. Sem sobressaltos.

Seleção de Ancelotti mantém a respiração. Não se desespera nem se exaspera. Mas também deixa em paz o goleiro equatoriano. E começa a mascar o jogo no ritmo de Ancelotti. Até desistir por completo da vitória.

Brasil de Carletto em nenhum momento encantou, muito menos entusiasmou nos 90 minutos. Com dois dias de treinos, não tem técnico que dê jeito no escrete. Nem mesmo o maior campeão do mundo dirigindo a maior seleção do mundo.

Próxima parada, Paraguai na Arena do Corinthians com todos ingressos esgotados. Tempo para ver se a Seleção vai mascar chicletes ou voltar a ser um pouco do que era num passado assim não tão distante.


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