Luiz Antônio Prósperi – 7 junho (18h01)

Carlo Ancelotti entra no campo do Centro de Treinamentos do Corinthians misturado ao grupo de jogadores da Seleção Brasileira, sábado (07/6). Lentes da mídia flagram o exato momento em que o italiano coloca a mão no ombro de Gerson. Uma rápida conversa, diríamos, ao pé do ouvido. Não se tem notícia do que Ancelotti disse a Gerson. Quem sabe orientações a respeito de como ele quer ver o meia do Flamengo atuando contra o Paraguai, na terça-feira (10/6). Ou querendo entender como está a cabeça do jogador nesse momento em que Zenit, clube mais rico da Rússia, está disposto a pagar a multa contratual e tirar o meio-campista do Flamengo.

Se sabe que a multa de 200 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão), do contrato anterior de Gerson com Flamengo, caiu para 25 milhões de euros – um arranjo entre clube e jogador para que fosse possível um aumento salarial do atleta.

Por 25 milhões de euros, Zenit levaria fácil Gerson a São Petersburgo. O problema é o desejo de Gerson. Continuar no Flamengo, com toda visibilidade e peça importante do grupo de Ancelotti na Seleção, ou se aventurar no Zenit isolado das grandes competições europeias?

É bem provável que Ancelotti não o tenha aconselhado a ficar no Flamengo, muito menos incentiva-lo a ir para a Rússia.

Ancelotti está preocupado mesmo em reorganizar o meio-campo da Seleção. Quer mais disposição dos meias no avanço ao ataque. E Gerson é fundamental nessa transição.

A rápida conversa entre o técnico italiano e o meia do Flamengo talvez tenha sido o momento mais importante das atividades da Seleção nos 15 minutos que a imprensa teve acesso ao trabalho do escrete.

As leis que regem os treinamentos da Seleção e mídia em geral são mais restritivas hoje em dia. Por isso, as informações são escassas. E o vale tudo das redes sociais e influencers se alastram em segundos por todos os cantos do mundo.

Da minha experiência de cobertura in loco de nove Copas do Mundo e nos calcanhares da Seleção Brasileira desde 1986, chega a ser angustiante observar jovens e veteraníssimos repórteres dispor de apenas 15 minutos de treinamentos do escrete. É um acinte.

É o que temos.

Por isso as entrevistas coletivas ganham importância.  Neste sábado no CT do Corinthians, goleiro Alisson foi o escalado para atender a mídia. Por 15 minutos respondeu rápidas perguntas. A maioria a respeito da transformação da Seleção desde a chegada de Ancelotti.

“Tem sido um privilégio (trabalhar com Ancelotti), mas é algo que impressiona a todos. No meu clube ficaram impressionados com isso. Gera uma expectativa e tem sido muito bom. O que chama a atenção é a simplicidade. Seja no dia a dia ou no jogo, nos treinos, a simplicidade como ele expressa o que pensa, muito claro, e isso facilita a compreensão” – Alisson.

Ancelotti até aqui, menos de uma semana no comando da Seleção, tem feito da simplicidade o fundamento para recuperar um time moribundo, sem confiança e baixo desempenho nos jogos.

Se vai conseguir, teremos uma resposta mais clara terça-feira (10/5) contra o Paraguai no estádio do Corinthians.

No sábado, além da conversa ao pé do ouvido com Gerson, Ancelotti teve um rápido encontro com Dorival Júnior, agora treinador do Corinthians. CBF não informa o teor da conversa entre o último treinador e o atual da Seleção Brasileira.

“Que fria, em professor”. Em tom de brincadeira, essa seria uma frase real e mais interessante de Dorival a Ancelotti. Mas não foi essa a conversa entre os dois.

Dorival desejou boa sorte a Carletto. O italiano vai precisar bem mais do que isso.

 


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