Luiz Antônio Prósperi – 30 junho (13h40) –
Flamengo e Filipe Luis estão no divã após a queda nas oitavas de final do Mundial de Clubes. A conversa com o psicanalista tem de ser séria. Não adianta argumentar ao analista que o “Bayern Munique é superior ao nosso time”. Essa verdade até um garoto colecionador de figurinhas a colar os craques no álbum já sabia antes mesmo de o Mundial começar. Se a superioridade existia não seria interessante Filipe pensar o jogo de mata-mata de outra forma? Digamos, estacionar o ônibus do Mourinho na grande área e deixar Kane & Cia quebrar a cabeça para remover o trambolho a sua frente? Teses comprovadas em outros verões traduzidas em sucesso.
Filipe Luis não pensa assim. Na véspera do jogo havia reconhecido o tamanho do “colosso Bayern” comparado ao seu Flamengo. E aí seu erro se acentua ainda mais. Escancarado.
Ao sofrer dois gols com menos de 10 minutos de jogo, Filipe deveria de imediato repensar sua estratégia. Deixar aos românticos e fanáticos do pensamento fixo de que “Flamengo tem jogar como Flamengo”. Não. De jeito nenhum.
Deveria se recolher à sua inferioridade e dar sustento com estacas à muralha defensiva. Não toma essa decisão e corre risco de levar um 7 a 1 impiedoso, como os alemães se acostumaram a encarar times brasileiros.
Filipe Luis é novo na profissão de técnico de futebol. Com o tempo vai entender que em muitas situações é preciso abandonar suas convicções e modelo de jogo. Não dá para ser Flamengo como é o Flamengo contra tudo e contra todos.
Detalhe pouco comentado até aqui: a derrota de Filipe e Flamengo respinga em Carlo Ancelotti. Estavam em campo com a camisa rubro-negra Wesley, Leo Ortiz, Alex Sandro, Gerson e mais Danilo no banco de reservas. Todos convocados por Ancelotti nos últimos dois jogos da Seleção Brasileira.
Abre o olho, Ancelotti.





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