Luiz Antônio Prósperi – 5 de julho (15h41) –

PSG vence Bayern Munique por 2 a 0 e se classifica às semifinais do Mundial de Clubes. Falando assim, seria mais um jogo entre franceses e alemães. Mas, não. A história dessa partida está repleta de dramas, aulas de futebol, expulsões, pênalti marcado no fim e anulado pelo VAR, despedida de um ídolo e vitória do time sensação da temporada. PSG não perdoa, executa. Bayern, a vítima de agora do campeão europeu.

Enredo poderia ter sido outro se o Bayern tivesse exercido bem seu mandato nos primeiros 15 minutos do jogo. Com aquela pressão absurda no campo inimigo, cria oportunidades de gol, erra nos chutes diante de Donnarumma e, pronto, não balança as redes.

PSG responde depois dos 20 minutos e começa a criar embaraços à defesa alemã e chamando Neuer ao trabalho. Equilibra o jogo.

Quando o árbitro inglês Anthony Taylor se preparava ao apito final do primeiro tempo, a dor toma conta do estádio. Em um lance entre Donnarumma e Musiala, o garoto alemão sofre fratura no tornozelo. Silêncio total. Jogadores cobrem os rostos com as camisas, Donnarumma leva as mãos aos olhos. Ninguém ali queria ver e sentir a dor de Musiala.

Vem o segundo tempo, PSG se solta das amarras e compra o Bayern com a mesma moeda do time alemão: pressão na saída de bola. De um aperto de João Neves em Kane, o volante português rouba a bola, serve Doué e o chute é certeiro: PSG 1 a 0, aos 32 minutos.

Não havia mais nada ao Bayern a não ser arriscar sem limites. Aumenta voltagem do jogo. Pacho quase rasga canela Goretzka. Rua. Expulso quatro minutos depois do gol de Doué.

Em superioridade numérica, Bayern vai com tudo. Kane marca de cabeça. Impedido. Gol anulado, aos 41.

Jogo avança aos acréscimos com o time alemão prensando o PSG como um tanque de guerra passando por cima de tudo. Gol não sai. Donnarumma evita.

Recordando. Dos 32 minutos aos 42, teve de tudo: gol do PSG, expulsão no PSG, gol anulado do Bayern. Quer mais?

Aos 46, Lucas Hernández do PSG é expulso por cotovelada em Guerreiro. Lance vai o VAR, que confirma o cartão vermelho. Luis Enrique vira um poço de raiva.

Luis Henrique, técnico do PSG – foto: X Fifa

Tem mais. Com nove jogadores contra 11 do adversário, PSG destemido sai em contra-ataque. Dembelé, que havia entrado no segundo tempo, acerta a trave de Neuer. Em seguida, em jogada patente de Messi, o lateral marroquino Hakimi dribla três e deixa Dembelé livre para dessa vez fulminar Neuer. PSG 2 a 0, no quinto dos seis minutos de acréscimos concedidos pelo árbitro.

Fim de papo. PSG classificado. Que nada. Donnarumma ainda fez uma grande defesa. E no minuto seguinte, pênalti de Nuno Mendes em Thomas Muller. Árbitro dá o pênalti. VAR anula.

Bola em jogo. Juiz encerra a partida épica ao PSG, agora semifinalista do Mundial de Clubes – enfrenta vencedor de Real Madrid e Borussia Dortmund.

Antes de os jogadores descerem aos vestiários, Thomas Muller, 37 anos, anuncia a sua despedida do Bayern Munique, clube que o acolheu e o criou desde os 10 anos de idade.

Agora sim a história de PSG 2 a 0 Bayern em Atalanta chegava ao ponto final.

Quem gosta de futebol vai se lembrar desse jogo por séculos e séculos, amém.


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