Luiz Antônio Prósperi – 13 julho (18h30) –

Chelsea vence Paris Saint-Germain por 3 a 0 e conquista o primeiro Mundial de Clubes no modelo Copa do Mundo de seleções criado pela Fifa. Surpresa absoluta quando se esperava um recital do PSG. Lição de um time obediente, fatal a explorar os caminhos abertos por um adversário até então quase perfeito em terras americanas. No fim das contas, prevalece a estratégia do técnico italiano Enzo Maresca anulando Luis Enrique.

E uma prova final de que os europeus querem tanto o Mundial de Clubes se esclarece ao apito final do árbitro quando jogadores do PSG e do Chelsea viram gladiadores na arena, lembrando velhas batalhas do futebol sul-americano de outrora.

O JOGO 

De repente, não mais que de repente, o Chelsea aparece e rouba a cena do PSG no primeiro tempo da final do Mundial. Inteligente. Explora as deficiências até então imperceptíveis do times de Paris. Usa setor direito de seu ataque a habitar um enorme deserto na defesa parisiense. Sufoca lateral Nuno Mendes. Atribui a Cole Palmer a missão de explorar o latifúndio. E funciona.

Em três momentos, Palmer surge do nada. Domina a bola entre o perdido Beraldo e o atônito Nuno Mendes. Arruma bola com carinho absoluto à disposição do pé esquerdo e bate com uma precisão cirúrgica no cantinho do gol, local onde o grandalhão goleiro Donnarumma jamais chegaria mesmo esticando os longos braços. Repete o movimento mais uma vez. e faz 2 a 0 para o Chelsea. Gols extraclasse, grã-finos.

No terceiro movimento prefere servir João Pedro, sempre entre Beraldo e Nuno. Garoto brasileiro sem medo encobre o goleiro italiano: Quem diria, Chelsea 3 a 0.

Pulverizada, a esquadra de Luis Enrique não sabia como sair do carrossel imposto pelo time azul de Londres. Tacada de mestre do treinador italiano Enzo Maresca.

Marcação individual nos principais aríetes do PSG. Portas fechadas para Vitinha e João Neves progredirem. Bola longe dos pés de Doué, Dembelé e Kvaratskhelia. Todo mundo enquadrado.

PSG teria mais 45 minutos no segundo tempo para mudar o cenário e acabar com o baile do Chelsea.

No segundo tempo, PSG se apresenta com uma postura mais ofensiva. Movimenta algumas peças, encaixando Hakimi na linha de ataque numa dobradinha com Doué. Luis Enrique troca o apagado Kvaratskheila por Barcola. Recua Vitinha e adianta João Neves na tentativa de empurrar Chelsea para trás. Sem efeito.

Chelsea não muda uma vírgula de seu comportamento. Explora como ninguém a frágil marcação de Beraldo e as costas de Nuno Mendes, roteiro do primeiro tempo.

Sem saída, Luis Enrique aproveita parada para hidratação e troca três de uma vez. Saem lateral Hakimi, Doué e Fabian Ruiz. Entram Zaire-Emry, Mayulu e Gonzalo Ramos, gente mais descansada. Maresca saca Pedro Neto e Reece James. Entram Nkunku e Dewsbury-Hall. Antes, Joao Pedro cedeu lugar a Delap e Enzo Fernandez a Andrey Santos.

Trocas a granel e o curso do jogo não muda. Chelsea jogando no contra-ataque com atacantes em cima de Beraldo e Nuno Mendes.

O jogo bonito até então se desmancha com a provocação de Cucurella a João Neves. Garoto português cai na esparrela, puxa a cabeleira do espanhol e sai expulso, a cinco minutos do fim da partida.

Faltinhas e birras se arrastam. De picada a picada, tempo escorre até o apito final. Pancadaria ao fim do jogo. Cenas ridículas sob olhar do presidente Donald Trump nas tribunas.

Chelsea campeão mundial. PSG na-na-na-na. Derrotado, enfim.


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