Luiz Antônio Prósperi – 5 fevereiro (09h45) – NeyDay, Dia de Neymar. Nesta quarta-feira (05/2) incomum, o jogador veste a emblemática camisa 10 branca e, a partir das 21h35, entra no campo da Vila Belmiro para refazer sua vida no futebol e celebrar o aniversário de seus 33 anos de idade. Uma noite completa. Uma noite a despertar torcedores santistas de um sonho quase impossível e devolver à realidade os 222 milhões de fãs do ídolo espalhados por todo o mundo. Neymar volta a jogar bola.
Onde acompanhar a volta de Neymar na TV: Record, TNT, Max, UOL Play, Nosso Futebol e Zapping Sports 
Por uma incrível coincidência, o retorno de Neymar se dá contra o Botafogo de Ribeirão Preto, uma vítima histórica de Pelé. Está nos registros: Santos 11 a 0 Botafogo, dia 21 de novembro de 1964, Vila Belmiro, a vez em que Pelé marcou 8 gols em um jogo. Campo enlameado, Santos de camisas listradas de preto e branco, Pelé 10 às costas, diante de um público de 9.437 torcedores – a maioria empunhando guarda-chuvas. Cenário dessa quarta-feira de fevereiro 2025 tem tudo para ser parecido com o daquele sábado de novembro de 1964. Previsão de chuva na Vila. Expectativa de gol de Neymar. Evidente sem o exagero de Pelé a entupir as redes do Botafogo com 8 gols. E o romantismo para por aqui. Tempos são outros. O Neymar Day está muito aquém do Pelé Day daquela época. Torcedor santista de hoje entende ser impossível a história se repetir, mesmo que na falta de um Rei se insista em dizer que tem um Príncipe. Que o torcedor também não se deixe levar por imagens de 12 anos atrás quando Neymar fazia diabruras com a bola nos pés vestindo a camisa 11 do Santos. Tempo em que entortava marcadores, se livrava de pontapés, desfilava repertório absurdo de dribles desconexos, pintava um gol atrás do outro com dotes artísticos no frescor da adolescência. Menino Ney hoje é Senhor Ney. Um jogador marcado por lesões graves nas costas, joelhos, tornozelos e fraturas nos dedinhos dos pés. Conquistas memoráveis, gols a granel, frustrações idem. Três tristes Copas do Mundo (2014, 18 e 22). Nunca o melhor do mundo oficial. Hoje o corpo está mais pesado, calções e camisas mais justas. Figurino muito diferente daquela folga nos uniformes quando se tinha impressão que Neymar jogava com um modelo extralargo. Seu corpo franzino flutuava entre a camisa e calção. Um fantasminha brincando com a bola. Neymar vivia dias de inocência. Atraía multidões por praticar um futebol diferente dos mortais. Natural que fosse vender seus dotes em cortes mais abastadas. Esteve no Barcelona e Paris Saint Germain, palcos de requinte na Europa. Virou celebridade. E acabou no conto das Mil e Uma Noites no mundo árabe, onde aumentou sua fortuna e pouco jogou futebol. Nesta noite na Vila Belmiro, Neymar vai ser outro. É um recomeço. Talvez um renascimento. Não se deixe levar por lembranças do que ele já fez no futebol. Nem caia na tentação de excomungá-lo por seu comportamento fora dos campos. Se contenha na ansiedade do aplauso. Neymar é um jogador de futebol. Apenas desfrute dessa quarta-feira.

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