Luiz Antônio Prósperi – 10 junho (23h43)

Brasil vence Paraguai por 1 a 0 e garante classificação à Copa do Mundo de 2026. Nunca na história das Copas a Seleção Brasileira esteve ausente. A epopéia até chegar aqui passa pelo desembarque nos trópicos do italiano Carlo Ancelotti, aniversariante do dia, 66 anos. Ancelotti, em pouco tempo à frente do escrete, devolve um pouco da alegria do jeito de jogar do futebol brasileiro. Nada revolucionário. Tudo muito simples. O suficiente para lhe dar o parabéns.

O carimbo na vaga da Copa vem depois de uma travessia até aqui sofrível nas Eliminatórias. Ancelotti é o terceiro técnico a conduzir o Brasil nessa corrida em busca de um lugar no Mundial dos Estados Unidos, México e Canadá no ano que vem.

Ufa!

Primeiro tempo foi de muita entrega do Brasil do italiano Ancelotti. Nada do outro mundo nem uma mudança radical de comportamento. Apenas um jeito simples de jogar até chegar à vitória parcial por 1 a 0. Gol de Vini Jr, aos 43 minutos. É de se ressaltar alguns pontos positivos e de alento ao futuro da Seleção.

Primeira boa notícia: Matheus Cunha. Escalado no lugar de Richarlison, atuou em todas frentes do ataque servindo Vini Jr, combinando com Raphinha e sem dar trégua a nenhum paraguaio na defesa. Um inferno. No seu olhar, não havia bola perdida.

De um bote, quando Raphinha estava enjaulado por três paraguaios no setor direito, Matheus Cunha arranca dentro da área e cruza rasteiro para Vini enquadrar o gol do Paraguai.

Lance do gol exemplifica o esquema adotado por Ancelotti. Atacar com lateral Vanderson, Raphinha, Matheus Cunha, Vini e Martinelli. Muita gente na frente. Sair lá de trás com troca de passes até a bola chegar aos atacantes. E muito jogo pelas beiradas do campo e um sem número de cruzamentos.

Tamanha volúpia ofensiva era uma fórmula para imprensar os paraguaios, sempre se defendendo com até seis na última cidadela da grande área.

Se o ataque estava bem, obrigado, na defesa o Brasil se mostrava com alguns furos. Nada que comprometesse nos escassos contra-ataques dos paraguaios. Até porque, os inimigos vieram mais para se defender a incomodar o goleiro Alisson.

Brasil volta para o segundo tempo ainda com a memória fresca do que havia feito nos primeiros 45 minutos. Repete tática de atacar com cinco. Insiste nas jogadas pelas pontas. Corre muito, produz pouco e encoraja o Paraguai a sair da toca.

Gustavo Alfaro recorre a Angel Romero, um dos donos da Arena Corinthians com uma fieira de gols a favor do Alvinegro. Paraguaios pressionam o Brasil. Agora sim, incomodam Alisson.

Ancelotti recorre a Beraldo no lugar de Alex Sandro, um água morna do Brasil. Acostumado a jogar no PSG na lateral-esquerda, Beraldo (ex-São Paulo) inibe ações de Romero.

Italiano saca Vini, advertido com cartão amarelo ainda no primeiro. tempo, e enrolado com a viril marcação de Gustavo Gomes. Manda Richarlison ao jogo. Troca Matheus Cunha por Gerson. Mais vitalidade e tentativa de exaurir os paraguaios. E assume controle do jogo.

Por fim, vitória da Seleção no aniversário de 66 anos de Carlo Ancelotti, o italiano que atravessa o Atlântico para redescobrir o Brasil e dar um jeito no escrete.

Parabéns, Ancelotti

Brasil

Alisson, Wanderson (Danilo), Marquinhos, Alex Ribeiro e Alex Sandro (Beraldo); Casemiro, Bruno Guimarães, Gabriel Martinelli e Raphinha; Matheus Cunha (Gerson) e Vini Jr (Richarlison). Técnico: Carlo Ancelotti

Paraguai
Gatito Fernández, Juan Cáceres, Gustavo Gómez, Alderete e Junior Alonso; Villasanti (Bobadilla), Diego Gómez (Angel Romero), Cubas e Almirón; Enciso e Sanabria (Ávalos) Técnico: Gustavo Alfaro


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