Palmeiras se rende às câimbras

 

gabriel_jesus

Não é de hoje que o preparo físico do Palmeiras tem comprometido o desempenho do time. Câimbras têm sido uma rotina, em especial no segundo tempo. A queda de produção dos jogadores é evidente. Este problema se arrasta desde o ano passado e assustou Cuca na vitória por 3 a 0 contra o Rio Claro, nesta quinta-feira, no Pacaembu.

Arouca, Gabriel Jesus, Alecsandro, Barrios, Matheus Sales não conseguiram esconder a dor nas pernas antes mesmo dos 15 minutos do segundo tempo. Alguns deles sucumbiram e foram substituídos. Os que não tiveram essa sorte, foram para o sacrifício.

Aliás, a condição física dos jogadores do Palmeiras tem sido questionada desde sempre. A sucessiva troca de treinadores e, por tabela, dos preparadores físicos, é uma das causas. E um efeito natural tem sido as lesões. Veja os casos de Cristaldo e Dudu, para ficar nos mais recentes. Com a chegada de Omar Feitosa, ao lado de Cuca, a expectativa é de que esses problemas diminuam – desde que Feitosa não exagere na dose.

O treinador detectou o problema, mas, evidente, ainda não sabe como resolver essa questão. Até porque sua prioridade é vencer, mesmo que com sangue derramado e músculos esgarçados.

Agora preste atenção no que  Cuca disse após a vitória diante do Rio Claro:

“Fizemos três pontos, jogamos bem, principalmente na primeira etapa, com intensidade. No segundo tempo, fizemos um belo gol com Gabriel Jesus e a partir daí nos preocupou bastante porque tivemos três jogadores com câimbras e já tínhamos feito as três substituições, sendo duas por obrigação (cansaço de Matheus Sales e Barrios)”, disse Cuca.

É preocupante mesmo. E Cuca já deu a letra. O Palmeiras vive como um elefante numa loja de cristais. Tem de caminhar em busca da peça preciosa sem espatifar as taças. Não há outra alternativa.