Santos não é favorito na Vila e vai sofrer diante do Audax

 

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Gabriel é uma das preocupações do Audax

O Santos não é favorito contra o Audax no jogo de volta da final do Paulistão 2016, no próximo domingo, na Vila Belmiro. Imbatível na sua casa há um bom tempo, o time de Dorival Júnior sabe que o adversário não é de se intimidar contra os grandes. Nem se acovarda na condição de visitante.

Pesa contra o Santos, o entorse no tornozelo de Lucas Lima, seu principal jogador. Se o meia não se recuperar há tempo de disputar o jogo, o time de Dorival vai ficar sem o seu principal articulador – o arco que alimenta Gabriel, Ricardo Oliveira e Vitor Bueno.

No primeiro jogo da decisão, neste domingo, em Osasco, perante apenas pouco mais de 12 mil pagantes (um dos públicos mais baixos da história das decisões do Paulistão), o Audax mais uma vez mostrou o tamanho da sua ambição. Depois de uns 30 minutos de incertezas, quando quase sofreu dois gols, se reencontrou e por pouco não fechou a partida com a vitória. Saiu na frente e, por um erro seu, cedeu o empate por 1 a 1.

O primeiro tempo foi do Santos, com duas bolas na trave e uma boa estratégia de jogo que surpreendeu o Osasco Audax. Não fez pressão alta, como a maioria dos adversários do time de Fernando Diniz costuma adotar, e de posse da bola procurou ser rápido no ataque. Falhou ao não aproveitar as infiltrações nas costas da linha de três zagueiros do inimigo.

O Audax não mudou seu estilo de valorizar a troca de passes, a combinação de jogadas, com jogadores alterando de função. Faltou apostar mais nas finalizações de longa distância, como fez contra o Corinthians na semifinal no Itaquerão.

No segundo tempo, o Audax revirou o jogo. Diniz trocou o meia Juninho pelo atacante Wellington. E foi em busca da vitória. Envolveu o Santos com extrema facilidade e chegou ao gol em bela jogada de Tchê Tchê com Mike, que deixou o zagueirão Gustavo Henrique caído na grama, antes de fuzilar Vanderlei. Mike por pouco não fez o segundo.

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Ronaldo Mendes comemora gol de empate

No seu momento mais crítico, o Santos ganhou um presente. Lucas Lima, com o tornozelo avariado, teve de deixar o jogo. Ronaldo Mendes entrou no seu lugar. E coube a ele, por ironia, o privilégio do gol de empate aproveitando um erro de passe de Tchê Tchê. Ronaldo Mendes mandou um balaço de fora da área.

Aliás, antes mesmo de insinuações sobre sua falha, Tchê Tchê disse com personalidade ao final do jogo que nenhum jogador quer errar, mas comete erros, e que vai de cabeça erguida para a decisão na Vila Belmiro no próximo domingo. “Não vou me abater”, disse.

Detalhe: Tchê Tchê, de 21 anos, já assinou o contrato com o Palmeiras e foi repreendido durante a semana pelo patrono do Audax, Mário Teixeira, que falou que dinheiro não era problema no seu clube.

“O erro dele foi técnico. O Tchê Tchê já nos ajudou muito. Não se pode crítica-lo por ter acertado ou não com o Palmeiras. Na Vila ele também vai jogar solto, comprometido”, disse Fernando Diniz.

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Tchê Tchê, do Audax, foi um dos destaques do primeiro jogo da final

No jogo da volta, o vencedor fatura a taça do Campeonato Paulista e qualquer empate leva a decisão aos pênaltis. Não há um favorito destacado, apesar da força e da longa invencibilidade que o Santos carrega na Vila Belmiro.

O Audax já deu prova suficiente de que não se intimida na casa dos poderosos. Encarou o Itaquerão com mais de 40 mil torcedores e despachou o Corinthians nas semifinais. Goleou o São Paulo no seu campo em Osasco e também derrotou o Palmeiras na primeira fase. E deve vender caro essa final diante do Santos. A conferir.