Americano ainda não sabe torcer no futebol. De nada adianta jogar em casa. Na estreia dos Estados Unidos na Copa América Centenário diante da Colômbia, a maioria de torcedores no estádio Santa Clara era de colombianos.
Sem torcida na sua própria casa, em número menor do que o adversário nas arquibancadas e ainda sem fazer tremer a arena, o time dos EUA decepcionou.
Nem a presença do campeoníssimo alemão Jurgen Klinsmann no comando técnico o time se fez notar. Alemães não desistem nunca no futebol. Klinsmann não conseguiu passar esse conceito à seleção dos EUA, pelo menos nesse jogo de estreia.
Fez um jogo burocrático, sem intensidade e bem previsível nas suas linhas defensivas e ofensivas. Bradley e Dempsey, as vozes dissonantes da mediocridade geral. Pobres coitados.
Do lado da Colômbia, frente a um inimigo inerte, foi muito fácil controlar o jogo desde o primeiro tempo. Zapata fez o primeiro gol e o craque James Rodriguez, de pênalti, marcou o segundo. Gols que deram ao time do argentino Jose Pekerman a tranquilidade para administrar o jogo a seu feitio.
No Grupo A, com Paraguai, Costa Rica e Colômbia, sair perdendo como os Estados Unidos fizeram na estreia é meio caminho andado rumo à eliminação na primeira fase.
Os americanos mostraram ainda que o fator casa não vai pesar a seu favor, tirando como exemplo o jogo de estreia nesta sexta-feira em Santa Clara. Não há uma comoção com a seleção americana.
A festa desta Copa América Centenário deve ser da enorme comunidade latina com residência fixa nos EUA e dos turistas acidentais apaixonados por futebol. É fácil prever que os norte-americanos serão minoria nos estádios.
Do lado da Colômbia, a equipe não foi exuberante, apenas cumpriu com sua obrigação. E se deu por satisfeita com a vitória por 2 a 0.