Corinthians e São Paulo estão fora da Copa do Brasil, antes mesmo das oitavas de final. Caíram de mãos dadas nos confrontos contra Internacional e Cruzeiro nesta quarta-feira. No domingo, decidem vaga à final do Campeonato Paulista no Itaquerão. Vai sobreviver quem assimilar com mais naturalidade o desastre que colheram na segunda competição nacional mais importante do futebol brasileiro. Como venceu o jogo de ida por 2 a 0 no Morumbi, o Corinthians leva vantagem. A favor do São Paulo a boa atuação no Mineirão, um ingrediente a mais a encorajar o time na decisão na casa do adversário.

Se olharmos o lado psicológico após a esfrega que levaram na Copa do Brasil, o time de Rogerio Ceni parece mais fortalecido. Fez um bom jogo contra o Cruzeiro, venceu (2 a 1) a partida e apresentou soluções no sistema defensivo e ataque. Não teve medo de encarar o rival nos seus domínios, nem jogou abatido com a enorme desvantagem que tinha de reverter. Por um triz não mudou o curso do rio.

O pecado capital se deu ao gerar uma tensão desnecessária para cima de Rodrigo Caio, com direito a reprimenda de Ceni, diante da polêmica no clássico contra o Corinthians quando o zagueiro assumiu culpa no pisão ao goleiro Renan Ribeiro e inocentou Jô.

Inseguro e pressionado, um tanto assustado, Rodrigo Caio cometeu a falha que deu o gol ao Cruzeiro no Mineirão. Gol que fez a diferença a favor do time mineiro na soma geral dos dois jogos e valeu a classificação. Faltou a Ceni dar suporte a Rodrigo Caio. Preferiu apertar a ferida com o dedo, e o jogador sentiu.

Do outro lado da decisão, o Corinthians chega ao clássico mais pressionado. Tinha tudo para ter um domingo tranquilo e jogou fora ao ser eliminado nos pênaltis pelo Internacional – a terceira queda nas penalidades no Itaquerão, onde caiu diante do Palmeiras (2015) e Audax (2016).

O castelo construído com a vitória contra o São Paulo no domingo se desmoronou nesta quarta-feira no Itaquerão. Muito por culpa do aprendiz de treinador Fabio Carille. Fiel a um jeito de jogar onde prevalece a segurança e despreza a ousadia, a força de vontade para vencer com folga, Carille demorou a reagir e só aumentou o poder de fogo do seu time quando o Inter empatou.

Cometeu outro grande equívoco ao transferir aos garotos Maycon e Arana a responsabilidade de bater os pênaltis quando tinha gente de mais quilometragem no seu time. Resultado: vai ter de recuperar a cabeça dos meninos, inflamar os jogadores e pedir de joelhos o apoio da torcida.

Carille conseguiu enfraquecer o Corinthians no momento em que estava mais forte nesse início de temporada. Rogerio Ceni, ainda cambaleante, fez o caminho inverso. Parece ter vitaminado o São Paulo na hora mais crítica de sua sobrevivência. No domingo, vamos ver qual dos dois vai passar na prova final.


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