Santos e Palmeiras mostraram suas contradições no clássico desta quarta-feira (14/5) na Vila Belmiro. Vitorioso, o dono da casa se acovardou no segundo tempo, sem virtudes técnicas e sem força física. Derrotado, o visitante e atual campeão brasileiro se agigantou nos últimos 45 minutos com bom repertório. Análise pode ser simplista, mas cabe exatamente no que disseram Levir Culpi, treinador do Santos, e Cuca, técnico do Palmeiras.
Veja a observação de Levir ao final da partida a respeito do comportamento do seu time:
“É bom quando a gente ganha, mas a análise é diferente. Há muito tempo o Santos não ganhava do Palmeiras, então fica aquele gostinho. Mas vi muitos problemas. Bons momentos, mas alguns muito perigosos. Tem muita coisa para ajustar ainda”.
Veja a reação de Cuca e sua avaliação a respeito do desempenho de sua equipe:
“Tem jogos como hoje em que perdemos um ponto. Mas um ponto que você perde não é tão importante quanto um jogo tão bom como o que fizemos. Não nos entregamos, não aceitamos a derrota e buscamos o empate a todo custo sem desorganizar. Nosso desempenho foi acima do que um time precisa para conseguir um empate. Infelizmente não veio. Vou falar uma palavra que está na moda hoje: desempenho. Gostei do nosso desempenho. Falta pouco para gente colocar o trem nos trilhos e quando ele entrar nos trilhos vai ser difícil parar na estação.”
Não há contradição da fala dos dois treinadores. O clássico se desenvolveu de acordo com o que eles disseram.
Santos jogou com está acostumado. Lucas Lima e Victor Ferraz e Bruno Henrique atuando no setor direito e dali alimentando o ataque. Por isso, Cuca usou zagueiro Juninho de lateral-esquerdo, puxou Zé Roberto mais para frente no encalço de Victor Ferraz na função de segundo volante e encostou Thiago Santos em Lucas Lima.
Não houve um vencedor nesses duelos. Nem um jogo mais ativo, de alternativas em busca do gol. Aliás no primeiro tempo, saíram mais faíscas do que brilho próprio. O clássico foi duro, disputado, sem trégua de nenhum dos lados. Um vai e vem intenso e pouco atrativo.
No segundo tempo, o gol ilegal de Kayke – fez falta em Edu Dracena –, antes dos 10 minutos, mudou o curso do rio. Ao abrir vantagem, o dono da casa e torcida única a seu favor se recolheu como um covarde e foi viver da agonia e dos milagres do goleiro Vanderlei, única forma de sustentar a vitória.
Palmeiras, um tanto sem força ofensiva no primeiro tempo, virou uma avalanche ao levar o gol. Destruiu todos os pilares santistas, derrubando um a um, em especial com Roger Guedes na ponta-direita, e só não quebrou a última barreira de nome Vanderlei.
Sem Mina, Felipe Melo, Borja e, principalmente, Dudu o time de Cuca mostrou ao Santos que é de intimidar o adversário mesmo fora de casa. A derrota, nesse caso, foi circunstancial. Falta Cuca encontrar a melhor solução.
Do outro lado, sem Zeca e Ricardo Oliveira, o time de Levir Culpi, que estreou no clássico, não perdeu a identidade. Falta encontrar o equilíbrio técnico e a condição física, sob pena de se derreter na segunda metade dos jogos e comprometer o resultado final.
Sou Santista com 70 anos de idade e ouço e vejo algumas vezes no Estadio o futebol perdeu os grandes jogadores criação,explosão astucia e inteligengia então o que vemos hoje força fisica tática denfensiva e só infelismente.
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