Quem imagina que Arena Corinthians, construída em 2014, é um estádio popular, se engana. Pesquisa divulgada nesta terça-feira (03/10) mostra que o estádio é elitizado, muito por culpa do clube que cobra ingressos caros, inibindo a presença do torcedor menos abastado.
Veja a faixa etária dos torcedores com dados do instituto Armatore-Market+Sciense, de acordo com levantamento feito apenas com usuários do Itaquerão.
- 31,5% ganha entre R$ 3.520 e R$ 8.800
- 17,1% ganha entre R$ 8.800 e R$ 13.200
- 17,1% ganha entre R$ 1.760 a R$ 3.520
- 12% ganha R$ 17.600 ou mais
- 6,7% ganha entre R$ 13.200 e R$ 17.600
- 6,3% ganha até R$ 1.760
- Outros 9,4% preferiram não informar
Veja abaixo o grau de escolaridade dos frequentadores da arena corintiana
- 41,7% – superior completo
- 27,6% – pós-graduação
- 15,5% – superior incompleto
- 13,9% – médio completou ou incompleto
- 1,4% – fundamental completo ou incompleto

Esses números refletem como os novos estádios brasileiros construídos nos últimos quatro anos contribuíram para elitização do futebol nacional.
Preços abusivos dos ingressos, custos com serviços (alimentação, estacionamentos, banheiros, entre outros) e o crescimento do sócio-torcedor (mensalidades em média acima de R$ 30) afastaram o torcedor comum, aquele acostumado a frequentar os setores populares como a famosa Geral.
Aliás, a maioria das modernas arenas não tem um setor popular, local de acesso com ingressos a preços mais modestos – de R$ 10 a R$ 20 no máximo.
É como diz Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais:
“Futebol no Brasil não é para pobre.”