Palmeiras perde a embocadura. Não sabe como vencer. Quando parece ter resolvida a questão, apaga a resposta e escolhe outra opção para marcar o x.
Contra o Boca Juniors, ainda com a ferida ardendo da derrota para o Corinthians na final do Paulistão… Paulistinha…, não gabaritou nesta quarta-feira. Teve medo. Não se impôs. Nem mostrou ao tradicional rival argentino quem era o dono do terreiro.
Palmeiras precisa urgente mostrar vitalidade em jogos grandes.
Diante do gigante argentino apresentou uma série de problemas. Desde a organização defensiva, quando tudo tem de ser resolvido por Felipe Melo e seus arroubos, até na criação com o, muitas vezes, lunático Lucas Lima.
Aí cabe um parêntese. Por que Lucas Lima se faz de leão num jogo e de gazela no outro? Por que Dudu, sempre conectado com as boas soluções, se derrete com a ansiedade e se perde no meio do caminho até o gol?
Sem Dudu e Lucas Lima a escrever as leis do time, nada anda. Eles pouco se entendem, se procuram. E isso é muito grave. Os diferentes têm de se entender para o bem do coletivo.
Outra dificuldade, essa sem uma explicação lógica, é insistir em dois zagueiros jovens – Antonio Carlos e Thiago Martins beirando os 20 anos e pouco – em cenários áridos, duros de ser limpos.
Vigorosos e valentes, pensam mais com o físico do que com a cabeça. Vacilam na hora do bote e esgarçam nervos de gente que poderia protegê-los, como, por exemplo, Felipe Melo.
Palmeiras, mesmo com essas dificuldades, não é um poço, um alagado. Tem propostas, tem organização, falta ser mais dono de si. De fazer o adversário sentir medo.
É aí que a chave precisa ser virada. Não se vence só com a ideia de que vai resolver a parada na hora que bem entender. Um time que pensa assim tem de ser superior ao adversário os 90 minutos. E o Palmeiras não tem seguido esse caminho.
O labirinto é logo ali.