Brasil vence Suíça e avança às oitavas da Copa sentindo falta de Neymar

Brasil sofre, sente falta de Neymar, vence Suíça por 1 a 0 e avança às oitavas de final da Copa Qatar 2022. Gol de Casemiro no momento mais crítico do jogo.

A vitória indica a Tite algumas decisões importantes. Sem talento de Neymar e suas invenções, Seleção precisa de gente qualificada do meio para frente. Bruno Guimarães é a solução, superando Fred e Paquetá, e Rodrygo tem de ser herdeiro de Neymar na linha de frente. Simples como amassar o pão.

Seleção faz um primeiro tempo fraco, sem sintonia. Fred, eleito por Tite na vaga de Neymar e a empurrar Paquetá na função que seria do craque, não funciona. Fred, perdido e sem papel a cumprir. Brasil não sai do lugar. Arrisca com investidas de Vini, todas barradas pela marcação Suíça. Uma e outra alfinetada de Raphinha e mais nada.

Paquetá também não liga o ataque. Deixa claro sua pouca lucidez nos momentos de ser meia de criação, pensante. Sem sua participação efetiva, Seleção perde embocadura. E a bola não chega nunca em Richarlison, um pombo em busca de migalhas na vastidão da praça.

Laterais não ajudam. Alex Sandro abusa do direito de errar passes normais. Eder Militão, zagueiro investido de lateral-direito na vaga de Danilo – Daniel Alves, o homem da posição, está sentado no banco –, não ajuda Raphinha no setor direito. Indeciso entre cuidar da marcação e descer ao ataque.

Casemiro, bem marcado, não infiltra, não lança, nem chuta de longa distância ao gol.

Não fosse Marquinhos largar a zaga e invadir o campo inimigo, quase como um segundo volante, o Brasil seria ainda mais lerdo. Marquinhos atua como um animador de auditório tentando embalar o time. Falta quem aplaudir sua iniciativa.

Torcida se manifesta entre carnaval geral e procissão de Semana Santa. Um termômetro do comportamento da Seleção.

Do lado suíço, a burocracia total e erros de passes simples na fase final do ataque. Presa fácil nesse primeiro tempo.

Brasil sente falta de Neymar. Precisa de Rodrygo. E Tite corrige seu erro de não apostar no garoto desde o início do jogo na função de Neymar.

Então Rodrygo entra no time na volta do intervalo. Sai Paquetá. Fred continua. Que teimosia!

Tite leva quase 15 minutos para perceber que o Brasil não seria de nada com Fred em campo. E troca o volante do Manchester United por Bruno Guimarães.

Pouco mais de 5 minutos da troca, Bruno arrisca passe, Richarlison briga pela bola no círculo central, voltando de impedimento. Jogada prossegue com Casemiro até Vini Jr. Gol. Mas VAR anula o gol com o offside de Richarlison.

Seleção parte com tudo em busca do gol. Melhor caminho: sempre nas investidas de Vini.

Tite troca Richarlison e Raphinha por Antony e Gabriel Jesus. Quer mais dribles e agilidade na zona de gol. Com Bruno Guimarães no time, Casemiro se aventura mais ao ataque. Chega para alimentar os meninos na grande área.

Suíços reforçam marcação. Trancam a porta. Brasil sente falta do talento de Neymar, de suas invenções. Neymar está no hotel tratando do machucado no tornozelo. Suíços se defendem como podem.

Restam 10 minutos para o fim do jogo. Torcida troca animação por roer das unhas.

Até que mais uma bola chega a Vini. Menino atrevido finge que vai driblar e serve Rodrygo. Garoto esperto só rola o balão a Casemiro, que bate de primeira de lado de pé: Brasil 1 a 0, aos 37 minutos.

Acabava agonia. Unhas preservadas, dedos ao alto e não nos dentes, carnaval no estádio dos contêineres. Brasil está nas oitavas de final da Copa Qatar 2022.

Neymar está no hotel tratando do tornozelo avariado. Seleção sofre sem seu brilhante, mas vence. Ufa!

 

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