Inglaterra resolve rápido seu problema, despacha Senegal de volta para casa e vai desafiar a campeã do mundo França nas quartas de final. Mais que um jogo, uma rivalidade secular entre duas potências da Europa embala confronto entre ingleses e franceses.
Senegal se despede da Copa e estádios perdem alegria de seus tambores. Mesmo em minoria entre os 65.985 os espectadores no estádio Bayt neste domingo (04/12), torcedores africanos ditaram o ritmo.
No primeiro tempo, rufar dos tambores africanos é incessante. Ritmo intenso nas arquibancadas do Estádio Bayt, um aditivo a mais a Senegal diante dos favoritos ingleses. Diria contagiante desde o primeiro minuto do jogo. Britânicos respondiam com “England, England”, com entusiasmo tímido.
No campo, Senegal se esforça a dar respaldo aos tambores. Se mata para ter a bola e impedir avanço da esquadra de Rei Charles. Difícil marcar Saka, Foden, Kane e esse magnífico meia Bellingham.
Atacados, senegaleses se desdobram. Lutam como leões. E provocam susto na Inglaterra em chute de Boulaye para defesa importante e salvadora de Pickford.
A resposta ao susto vem a galope. De uma bela trama entre Foden e Kane, Bellingham recebe a bola e serve Henderson livre na marca do pênalti. Certeiro. Inglaterra 1 a 0, aos 38.
Senegal avança na tentativa de uma resposta rápida. Não percebe que a bola não pode chegar em Bellingham. Vacila no ataque. E a bola cai nos pés de Bellingham. Garoto de 19 anos, meia do Borussia Dortmund, arranca pela faixa central do campo se livrando de um, dois, três marcadores até servir Foden. Passe rápido encontra Harrry Kane vindo do lado direito. Fatal. Inglaterra 2 a 0, 46 minutos.

Tambores africanos teriam de marcar ritmo mais forte no segundo tempo. Senegal estava nas cordas, pronto a beijar a lona.
Coreografia das danças e passos em compassos continuam moldando as arquibancadas. Vitamina Senegal.
Se a ginga e o esforço são quase sobrenaturais, faltava à seleção africana mais organização defensiva.
Inglaterra tira proveito dessa fragilidade e chega ao terceiro gol. Jogada solo de Foden e passe preciso para Saka vencer Mendy. Inglaterra 3 a 0, 11 minutos do segundo tempo.
Ingleses já poderiam economizar oxigênio para as quartas de final quando terão pela frente a poderosa e rival secular França. Mbappé vem aí.
Gareth Southgate não perde tempo e troca duas joias do ataque Saka e Foden por Rashford e Grealish, aos 20 minutos. O jogo? Estava definido. Era questão apenas de cumprir o protocolo e armazenar energia.
Mais dez minutos, e Southgate troca Stones e o diamante Bellingham por Dier e Mount.
Senegal estava no chão, mesmo no repique intenso dos tambores africanos até o apito final. Volta para casa e deixa estádios da Copa um pouco mais sem alegria. Inglaterra continua no Qatar.

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