Fernando Diniz preserva clubes brasileiros na sua primeira convocação da Seleção. Apenas goleiro Bento (Athletico-PR), zagueiro Nino (Fluminense), André (Fluminense) e Raphael Veiga (Palmeiras) foram chamados, entre os 23 relacionados para os jogos contra Bolívia e Peru na abertura das Eliminatórias da Copa de 2026.
Preserva ou comete injustiças?
Insistir com Richarlison, Antony, Matheus Cunha e Alison por jogarem na Premier League da Inglaterra, ou em Renan Lodi, rebaixado de clube a cada temporada, soa desperdício e desprezo a jogadores de ótimo nível que atuam no Brasil.
Bobagem citar nomes nesse momento. Críticos incrustados nas redes sociais vão dizer que é clubismo.
A lista decepciona a quem esperava uma revolução, mudança drástica no perfil dos convocados.
Veja, por exemplo, os remanescentes do fracasso do Brasil na Copa do Mundo Qatar 2022: voltam os goleiros Alison e Ederson, lateral Danilo, zagueiro Marquinhos, volantes Casemiro e Bruno Guimarães, atacantes Antony, Rodrygo, Vini Jr, Neymar Gabriel Martinelli e Richarlison.
Lucas Paquetá, também no grupo de Tite na última Copa, estava na primeira chamada de Diniz. Saiu da lista em cima da hora, assim que a CBF recebeu a informação de que Paquetá é investigado na Inglaterra por suspeita de violações em apostas esportivas.
Diniz disse que adotou critérios técnicos para chamar os 23 e não a situação dos clubes que atuam.
“Não é porque o Botafogo lidera Campeonato Brasileiro que tenho de convocar um jogador do Botafogo. Mesmo caso do Flamengo. É o clube de maior investimento no Brasil, mas isso não me obriga a convocar jogadores do Flamengo.”
Técnico interino da Seleção – CBF promete apresentar italiano Carlo Ancelotti em junho de 2024 – convocou sete jogadores que trabalharam com ele nos clubes por onde passou.
Anote aí: no Athletico-PR – Renan Lodi, Raphael Veiga, Bruno Guimarães; no Fluminense – Caio Henrique, Nino e André e no São Paulo – Antony.
Fernando Diniz reforça sua disposição de adotar na Seleção mesmo modelo de futebol usado nos times que dirige, apesar do tempo escasso de treinamentos e preparação no escrete.
Essa é a melhor notícia nessa estreia de Diniz. Seleção Brasileira precisa de ideias novas, recuperar tempo perdido por Tite nos últimos seis anos e duas Copas do Mundo sem acontecer na bola e tática.
E para quem acreditava no fim de Neymar, vivendo agora o conto das arábias, e um novo caminho da Seleção, a sentença de Diniz:
Em relação a ele (Neymar), vocês já sabem o que eu penso, mas eu vou repetir. É um jogador que é muito difícil aparecer outro, é um talento muito raro do futebol mundial. Acredito que ele merece até o final da sua carreira, pelo imenso talento que ele tem, escrever um capítulo mais bonito dessa história que para mim ainda não foi escrito.”






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