Endrick não tem estrela, como insistem em dizer. Endrick é a própria estrela. Em uma semana, fez gol nos emblemáticos Wembley, Santiago Bernabéu e hoje no Allianz Parque, a sua casa. Palmeiras está na final do Paulistão 2024. Endrick, a capa do Palmeiras.

Sendo assim, qual o sentido de dizer que o menino de 17 anos coleciona estrelas? Nenhuma constelação tem brilho próprio por um único feixe de luz. É preciso romper séculos de escuridão, buracos negros, para expor seu ponto luminoso.

Sem o gol decisivo de Endrick, Palmeiras não contemplaria a lua grande da Semana Santa. Não se livraria das amarras do Novorizontino, nem teria inspiração para sair da arapuca armada por Eduardo Baptista.

Quase ninguém do time de Abel Ferreira se resignaria  por questões técnicas. Muitos se perderiam no caminho. E a maioria se renderia à marcação do time do Interior. Uma escuridão.

Quando o véu da vergonha encobria o Allianz, surge Endrick em parceria com Flaco Lopez. E gol. Palmeiras na final.

É preciso respeitar quem conduz a carreira desse menino. É preciso entender que o garoto anda é do Palmeiras. A torcida tem plena consciência dessa verdade bíblica, por assim dizer.

A conversa agora é com o Santos. Endrick está com fome de luz.