Luiz Antônio Prósperi – 8 de outubro (11h40)

Santos sofre derrota de 3 a 1 do Goiás e ao fim do jogo o técnico Fabio Carille diz que vai para casa feliz. Evidente, não por conta do resultado, e, sim, com a certeza de que o time vai voltar à Série A no Brasileirão 2025. Carille pode até ter razão. O torcedor, tenho lá minhas dúvidas.

Sabemos das nossas dificuldades. Temos problemas como todos os outros clubes têm. Estou tranquilo, vou para casa e faço caminhada. Gosto do Santos. O que vejo na rua eu não vejo no estádio. Torcedores me apoiam” – Fabio Carille.

Como se dizer feliz após uma sova dessa?

A vida dura do santista se arrasta ao longo da temporada. Poucos foram os momentos de júbilo, de alma leve. Talvez no início do ano quando o Santos se credenciou à decisão do Paulistão contra o Palmeiras.

Naqueles dias, de março a abril, o time era novinho em folha. Contratações por atacado. Jogadores de lastro. Primeiros meses do novo mandato de Marcelo Teixeira, como se diz no futebol, um cartola raiz com bons serviços prestados ao clube.

E a ilusão de que subir à Série A seria protocolar. Havia expectativa de se mostrar superior do começo ao fim da Série B.

A história, porém, não tem sido nada disso. A Série B se arrasta tortuosa, mesmo com o time habitando a zona de acesso durante todo campeonato. Não há prazer de ver o Santos jogar. A verdade é que a Segunda Divisão exige físico, ser mais sanguíneo à arte.

Fabio Carille, descobriu o torcedor, não era um técnico capaz de pintar a equipe com as cores da história santista. Jogar fácil, alegre e garimpar novos Meninos da Vila, sentimentos que passavam na mente de quem sofreu à beça com o rebaixamento em 2023. Frustração.

No meio do caminho, mais ataques ao coração santista. De quem foi a ideia de produzir um uniforme tão horroroso como esse amarelo usado na derrota para o Goiás? Um dos fardamentos mais feios de toda a vida do Santos. Precisava disso?

Diz o presidente Marcelo Teixeira que o contrato assinado com o fornecedor de uniformes vem da gestão passada (de 2023) quando Andres Rueda era o presidente. Não tinha como não usar.

Aliás, Rueda passa por julgamento do Conselho Deliberativo do clube nessa terça-feira (08/10). Pode ser expulso do clube por gestão temerária no seu mandato de presidente quando a dívida acumulada do Santos superou a casa dos R$ 700 milhões.

Bem perto do fim da Série B, Santos espera confirmar acesso à Série A o mais rápido possível.

FUTURO

Dono de 53 pontos na segunda posição da tabela, Santos encara jogo contra o Mirassol como uma decisão, sábado (11/10), na Vila. Se vencer o Mirassol (quarto colocado, 50 pontos), vai abrir seis pontos de um rival direto na corrida rumo à Série A, restando sete rodadas.

Torcedor sabe que seu time é modesto, tem um técnico sem identidade com o clube e, de joelhos, espera 2025 chegar.

Aí vai exigir um esquadrão do presidente Marcelo Teixeira e a troca de treinador.

Pedir banimento do uniforme amarelo.

Imaginar a sagrada Vila Belmiro demolida para dar lugar a uma arena moderna.

E voltar a jogar no Pacaembu, agora de gramado sintético, após acordo feito entre Teixeira e os gestores que compraram o velho estádio municipal de São Paulo.

Por enquanto, resta dar uma espadinha na página principal do site oficial do clube (santosfc.com.bre lembrar como a vida de santista era doce.


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Uma resposta para “Santos FC | A dura vida do torcedor santista”.

  1. […] Marcelo Teixeira, atual presidente do clube, é muito próximo a Neymar. Foi ele quem assinou primeiro contrato profissional do craque lá pelos idos de 2009. […]

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