Luiz Antônio Prósperi – 9 outubro (00h10)

Dorival Junior está por um fio no comando da Seleção Brasileira. Ednaldo Rodrigues também vive mesma situação na presidência da CBF. Dorival, o técnico, depende de uma vitória contra o Chile, jogo das Eliminatórias da Copa 2026, quinta-feira (10/10), em Santiago. Ednaldo, o presidente, aguarda julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), na pauta do tribunal nessa quarta-feira (09/10), para saber se continua ou deixa a CBF.

Seja qual for o veredicto, a Seleção Brasileira está no epicentro de uma crise que há muito não se via.

A descrença no escrete é total. Nem o mais fanático torcedor raiz suporta tantos jogos ruins, falta de sintonia de um time desfribrado, fruto de escolhas equivocadas de Dorival na formação da Seleção. Não há mínima identidade entre torcida e o jeito de a equipe jogar.

Necessidade de vencer o Chile e, na sequência, o Peru, sob pena de o Brasil despencar ainda mais na tabela de classificação das Eliminatórias e colocar em perigo a classificação à Copa 2026, evidencia a cilada a que Dorival Junior se meteu acreditando na CBF.

Entre dezembro de 2022 a 2024, CBF acumula quatro trocas de treinadores do escrete. Acompanhou saída anunciada de Tite em dezembro de 2022 sem preparar sucessor. Esperou Carlo Ancelotti por um ano em 2023. Escalou interino Ramon Menezes, efetivou Fernando Diniz por seis jogos e sustenta Dorival Júnior de janeiro de 2024 até aqui. Tantas trocas de treinadores em pouco tempo, fato inédito na CBF em período tão curto de tempo.

Não há um rumo, por parte da CBF, que a Seleção possa seguir em águas tranquilas.

Para se ter uma ideia do caos, o diretor executivo da Seleção, Rodrigo Caetano, bem avaliado nos clubes, está de saída da CBF. Tem proposta do Atlético-MG para ser o CEO do clube em 2025.

Rodrigo trocou o Atlético pela Seleção a pedido do presidente Ednaldo. E, passados pouco mais de oito meses no cargo, ameaça pular do barco por não ter autonomia.

Ednaldo tem sido bombardeado de todos os lados da comunidade do futebol. Federações estaduais, maioria dos clubes, agentes financeiros, patrocinadores, parece, perderam a confiança no presidente.

Ednaldo depende do STF para ficar na CBF
Ednaldo e Leila Pereira, política ferve na CBF – foto: CBF oficial

Escorado no ministro Gilmar Mendes, do STF, Ednaldo sobrevive na presidência com uma liminar a seu favor desde 4 de janeiro de 2024.

Liminar seria julgada em 25 de setembro último e pela sétima vez foi retirada da pauta do STF por decisão do ministro Gilmar Mendes.

Nessa quarta-feira, véspera do jogo Chile e Brasil, a liminar deve, enfim, ser julgada no STF. Se o julgamento for favorável a Ednaldo Rodrigues, ele continuará cumprindo seu mandato conquistado na eleição em abril de 2022. Se a liminar cair, Ednaldo é afastado de imediato da CBF e um interventor convocará novas eleições na entidade.

Enquanto o STF define futuro de Ednaldo na CBF, Dorival júnior comanda último treino da Seleção antes de enfrentar o Chile. Técnico repete a maioria dos jogadores fracassados nos últimos dez jogos entre Copa América nos EUA, amistosos e Eliminatórias da Copa de 2026.

Tudo isso seria bem ridículo se não fosse tão trágico ao futebol brasileiro.

Por enquanto, La Nave Va.

Seleção Brasileira em crise nas Eliminatórias da Copa 2026
Dorival corre risco na Seleção – foto: CBF oficial

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