Luiz Antônio Prósperi – 11 outubro (12h00)
Botafogo empresta três jogadores à Seleção Brasileira de Dorival Junior. Dois deles – Ygor Jesus e Luiz Henrique – convertem os gols da vitória (2 a 1) contra o Chile na quinta-feira (10/10). O gol dos chilenos foi de Vargas, atacante reserva do Atlético-MG. A maioria dos jogadores da seleção do Chile joga no próprio país e em clubes sul-americanos, como Kuscevic, zagueiro do Fortaleza.
Em sua casa, a Venezuela arranca empate (1 a 1) da Argentina com Lionel Messi em campo. Soteldo, atacante do Grêmio, faz a jogada do gol venezuelano marcado por Rondón (Pachuca-MEX). Ao seu lado estavam Savarino (Botafogo), Ferraresi (São Paulo), José Martinez (Corinthians) e Rincón (Santos). Otamendi, ex-zagueiro do Atlético-MG e com passagens no Manchester City e Benfica, fez o gol da Argentina. Ao lado de Messi, o meia Almada (Botafogo).
Na montanha, a Bolívia quebra invencibilidade da Colômbia vencendo por 1 a 0, gol, aliás, golaço, de Miguelito, jogador da base do Santos. Do lado colombiano estavam Arias (Fluminense), Richard Ríos (Palmeiras) e Santiago Arias (Bahia).
Paraguai e Equador empatam (0 a 0). Seleção do Equador tinha em campo Félix Torres (Corinthians), Alan Franco (Atlético-MG), Ernny Valencia (Internacional) e Gonzalo Plata (Flamengo). Os paraguaios levaram Gustavo Gomes (Palmeiras), Romero (Corinthians), Villasanti (Grêmio), Bobadilla (São Paulo), Izidro Pitta (Cuiabá) e Gatitto Fernandez (Botafogo).
Peru recebe Uruguai hoje (11/10). Do lado uruguaio, os titulares Rochet (Internacional), Varella (Flamengo), Arrascaeta (Flamengo) e os reservas De La Cruz (Flamengo), Pumita Rodriguez (Vasco), Facundo Bernal (Fluminense), Luciano Rodriguez (Bahia). Canobbio (Athlético-PR) não foi convocado dessa vez.
Tudo isso para dizer que a Seleção Brasileira não deveria ser formada pela maioria de jogadores que atua fora do Brasil para disputar as Eliminatórias na atual realidade do futebol brasileiro.
Linha de frente do time de Dorival Junior, que iniciou o jogo com o Chile, tinha Savinho (Manchester City), Ygor Jesus (Botafogo), Raphinha (Barcelona) e Rodrygo (Real Madrid). No fim, quem resolveu foram os botafoguenses Ygor Jesus e Luiz Henrique.
A convocação de nossos “estrangeiros” é até constrangedora. Jogadores atravessam Atlântico em 12 horas de viagem e mais fuso horário de no mínimo quatro horas, desembarcam no Brasil, treinam no máximo um dia e meio, embarcam para o Chile (4 horas de voo), jogam e, no dia seguinte, seguem para Brasília (mais 4 horas de viagem) para enfrentar o Peru terça-feira (15/10).
Desgaste desnecessário. Nossos jogadores que atuam em clubes brasileiros estão acostumados a enfrentar adversários de outras seleções sul-americanas que jogam aqui no Brasil, como nessa última rodada das Eliminatórias, têm mais familiaridade com os campos de jogo e estão aqui sem obrigação de viajar 12 horas da Europa ao Brasil.
Logística também ganha jogo. Seleção Brasileira deveria chamar apenas os imprescindíveis lá de fora. Quem?
E, no atual momento, formar a Seleção com base nos times de Palmeiras, Botafogo, Flamengo e alguns enxertos.
Que tal esse time?
Weverton (Palmeiras), William (Cruzeiro), Leo Ortiz (Flamengo), Murillo (Palmeiras) e Guilherme Arana (Atlético-MG) ou Alex Telles (Botafogo); Marlon Freitas (Botafogo), Gerson (Flamengo) e Raphael Veiga (Palmeiras); Estevão (Palmeiras) ou Luiz Henrique (Botafogo), Ygor Jesus (Botafogo) ou Endrick (Real Madrid) e Bruno Henrique (Flamengo).
Essa Seleção acima não venceria o Chile e também o Peru? Aguardaremos respostas da CBF e Dorival Junior.
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