Luiz Antônio Prósperi – 8 dezembro (19h30) –
Botafogo é o melhor time do futebol brasileiro 2024. Leva, com sobra, o Brasileirão 2024 depois de uma semana lustrando a taça inédita em sua história de campeão da Libertadores da América. Futebol feito com muito dinheiro de um norte-americano fanático por negócios exóticos e apaixonado pelo jogo de bola. É mesmo tempo de Botafogo.
Assinatura final do título, que não conquistava desde 1995, vem na vitória por 2 a 1 contra o São Paulo no “tapetinho” do estádio Nilton Santos, domingo (08/12). Normal. Nada fora do curso do rio.
Botafogo campeão. Palmeiras vice, seis pontos atrás. Aliás, time de Abel Ferreira, até então o único que poderia estragar a festa da Estrela Solitária, não faz sua parte. Cai derrotado (1 a 0) contra o Fluminense no Allianz Parque diante de uma torcida incrédula e revoltada.
É tempo, passa da hora, de o Palmeiras rever alguns conceitos na formação do time e composição do grupo de jogadores. E daqui para frente sem Dudu. Baixola anuncia nessa segunda-feia sua transferência ao Cruzeiro.
Botafogo não tem nada com isso. Com aporte de R$ 500 milhões em dois anos, direto do caixa de John Textor, clube carioca teve competência ao longo da temporada de se firmar como um time quase imbatível.
Não por acaso emenda a façanha de ser campeão do Brasileirão e Libertadores no mesmo ano – apenas Santos de Pelé em 1962 e Flamengo de Jorge Jesus em 2019 emplacaram essas conquistas.
Botafogo tem tudo para impor uma hegemonia no futebol brasileiro se não descarrilhar do projeto SAF e profissionais de alto nível no comando da nave. Vai obrigar a concorrência se coçar.
Vem aí a temporada 2025. Brasileirão terá seis clubes paulistas com acesso de Santos e Mirassol e permanência do Bragantino na Série A: Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Bragantino e Mirassol.
Nordeste vem com cinco times: Fortaleza, campanha brilhante em 2024, Bahia, Vitória, Ceará e Sport Recife.
Sul perde dois de seus cinco clubes na Série A 2024 com as quedas de Criciúma e Atlético-PR. Resistiram Internacional, Grêmio e Juventude, os três do Rio Grande Sul, estado assolado por enchentes devastadoras em maio.
A próxima temporada promete. Clubes SAF devem chegar mais fortes. Mundial de Clubes em junho/julho obriga a mudanças no calendário com acúmulo de jogos em meses apontados desde já como uma carnificina. É preciso ter elencos robustos do ponto de vista físico e técnico. É preciso ter dinheiro.
Por tudo isso, É Tempo de Botafogo.
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