Luiz Antônio Prósperi – 21 janeiro (9h35) –

Futebol e política se completam. Ainda mais quando se tem no comando da Fifa dirigentes preocupados com a grana e pouco ligados às questões internas de países escolhidos sede de grandes eventos. Veja o caso dos Estados Unidos, anfitriões do Mundial de Clubes 2025 e Copa do Mundo 2026, torneios em território americano, agora sob tutela de Donald Trump.

No seu discurso na cerimônia de posse, segunda-feira (20/1), Trump reforça sua política contra imigrantes e diz que vai promover uma devassa nos que vivem ilegais e, em muitos casos, nos legais nos EUA.

Copa de 2026 terá também Canadá e México como países-sede ao lado dos Estados Unidos. Pela primeira vez na história de quase cem anos da Copa teremos 48 seleções, ou seja, 48 nações de todos os continentes do mundo.

Trump quer anexar o Canadá e declara guerra aos imigrantes mexicanos.

Como se sabe desde que a Copa do Mundo foi inventada, a circulação de torcedores do mundo todo toma conta das cidades do evento. Trump vai facilitar o visto de entrada desses turistas-torcedores nos EUA?

Gianni Infantino, presidente da Fifa, garante que sim. Não por acaso, se reúne com Trump dois dias antes da posse e, surpresa nenhuma, assiste como um dos convidados de honra à cerimônia no Capitólio.

Infantino vai às redes sociais e tasca elogios a Trump. Confira:

“Tive a honra de assistir à cerimônia de posse do 47.º Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, em Washington DC.

“Donald Trump e eu compartilhamos uma grande amizade, e o seu apoio consistente à FIFA, bem como ao nosso belo jogo, é a certeza suficiente de que as duas competições da FIFA (Mundial de Clubes e Copa do Mundo) a serem disputadas nos Estados Unidos durante os próximos dois verões (2025 e 2026) serão celebrações especiais.

“Estou ansioso para que os EUA, sob a liderança do Presidente Trump, dêem as boas-vindas e unam o mundo – tal como o futebol une o mundo.”

Infantino já adulou Vladmir Putin na Copa do Mundo 2018, o emir do Qatar Tamim bin Hamad na Copa 2022 e já se acertou com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman Al Saud a realização da Copa de 2034. Todos governos autocráticos.

Presidente da Fifa ainda fez um agrado à América do Sul. Concede ao Uruguai, sede da primeira Copa em 1930, Argentina e Paraguai, país do presidente da Conmebol, um jogo cada um da Copa do Mundo de 2030. Um presentinho ao continente que abrigou a primeira Copa e vai celebrar cem anos do evento. Maioria dos jogos em 2030 será na Espanha, Portugal e Marrocos.

Com uma tacada, Infantino adoça a boca da América do Sul, Europa e África.

A Fifa nunca brinca quando seus interesses, diria grana, estão em jogo. Abraça todos tipos de governos, de ditaduras à autocracias, e até democracias.


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2 respostas para “Posse de Trump | Fifa Se Rende ao Presidente dos Estados Unidos”.

  1. […] Gianni Infantino, presidente da Fifa, esteve na cerimônia de posse de Donald Trump no Capitólio. Um dia antes da posse, se reuniu com o presidente dos EUA, a quem se diz ser seu amigo. […]

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  2. […] espetáculo único de 39 dias está cada vez mais próximo. A FIFA intensificará os preparativos em 2025, sempre em conjunto com os países coorganizadores e c… parceiros e patrocinadores oficiais, mídia e outros grupos de interesse; período durante o qual […]

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