Luiz Antônio Prósperi – 15 março (09h45) –

Neymar abre a semana no domingo passado, dia 9, chorando nos vestiários da Neo Química Arena, pouco antes de Corinthians vs Santos, valendo vaga na final do Paulistão. Lágrimas por um “desconforto” no músculo da coxa esquerda. Estava impedido de entrar em campo. Lágrimas de crocodilo, desconfiava boa parte de santistas mais ressabiados, imaginando que o craque se resguardava para jogar na Seleção Brasileira dali a dez dias. Santos perde e sai eliminado do campeonato. Quase uma semana depois, Neymar é cortado da Seleção. O tal “desconforto” na coxa se tratava de uma lesão mais séria.

No meio dessa barafunda, espadas apontam a Neymar por se dedicar ao Carnaval na Sapucaí do Rio a cuidar do músculo avariado na coxa. E, mais grave, por desperdiçar pelo menos uma noite de tratamento ao se deixar levar em uma orgia em uma chácara no Interior de São Paulo, quinta-feira (13/3).

Fatos e fatos. Neymar sim, Neymar não.

Nenhuma novidade. Quem acompanha carreira do craque está bem cansado de saber que o jogador não se emenda. Não se olha no espelho como atleta. A imagem refletida é de uma celebridade milionária, bilionária. Apesar do amor, diria paixão, declarado ao futebol.

Neymar deixa o Santos na mão. Neymar não ajuda a Seleção e quem pode entrar nesse pesadelo é o técnico Dorival Junior. Sua cabeça está servida na bandeja de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Se não somar pelo menos quatro pontos contra Colômbia e Argentina semana que vem, tchau. Neymar, mesmo a meio-tanque, poderia aliviar o desespero de Dorival na busca por bons resultados do escrete.

Assim caminha o futebol brasileiro.

E a semana que entra promete. CBF pode antecipar as eleições a presidente da entidade. Ednaldo, por enquanto, é candidato único após Ronaldo Fenômeno pular do barco. Reinaldo Bastos, presidente da Federação Paulista, deve entrar forte nessa disputa.

Bastos não beija mão de Ednaldo.

Bastos estava seguro de que sua gestão na Federação Paulista, com bons resultados financeiros, seria uma forte credencial a postular o poder maior na CBF.

Mas aí vem o pênalti a favor do Palmeiras contra o São Paulo nas semifinais do Paulistão na segunda-feira (10/3).

Seria um traque não fosse o estrondo promovido por analistas esportivos e comentaristas de arbitragem apontando o dedo ao árbitro Flávio Rodrigues de Souza como um “juiz ladrão”, lugar-comum dos paladinos da verdade.

Como assim? Um juiz suspeito dentro da Federação Paulista?

Reinaldo Bastos em pânico. Seu campeonato sem Neymar na final. E olhares desconfiados aos árbitros, à lisura do Paulistão, pedras que rolam no seu caminho.

Mais uma teoria da conspiração dos que se alimentam do futebol, por mais rasteira que seja.

Toca o baile. Lembra daquele filme? E La Nave Va.


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