Luiz Antonio Prósperi – 17 junho (18h21) –
Fluminense fecha primeira rodada envolvendo clubes brasileiros no Mundial de Clubes com um alerta: os quatro times nacionais pedem passagem. Recado claro vem do bom desempenho do Flu contra o Borussia Dortmund, uma das potências do futebol alemão, nesta terça-feira (17/6). Tudo bem, deu empate sem gols, mas a vitória esteve bem perto do time carioca. Assim como o Palmeiras lamenta não ter vencido o Porto no domingo (14/6). Flamengo e Botafogo também não decepcionam e cumprem com obrigação derrotando os fracos Espérance da Tunísia e Seattle Sounders dos EUA.
A questão se os quatro brasileiros têm time para encarar os favoritos nem se discute. Nem vamos entrar aqui no tema intensidade, conceito surrado e superficial quando se coloca no tabuleiro futebol sul-americano versus futebol europeu. Muito menos inserir no debate o fator econômico.
Evidente que o sistema europeu de se fazer futebol tem na força da grana a motriz. Seria raso se ater apenas ao dinheiro.
No jogo Fluminense 0 a 0 Borussia, centroavante Everaldo do time carioca desperdiça chance clara de gol ao chegar sozinho cara a cara com o goleiro rival. Se fosse Haaland, do Manchester City, a chance de gol beirava os 99%.
Você pode argumentar: Everaldo custou R$ 1,2 milhão, parcelado entre 2025 e 2026, ao Fluminense, e Haaland, R$ 380 milhões à vista em 2022, ao Manchester City.
Mas até chegar a este gol perdido por Everaldo, o time de Renato Gaúcho mandava no jogo com ousadia, coragem. Aliás nunca soltou as rédeas da partida.
Por estratégia de Renato Gaúcho, disciplina tática dos jogadores e um bom período de treinamentos, o Flu fez o Borussia Dortmund sofrer. Equipe alemã estava quase um mês sem jogar após fim da temporada no país.
Empate do Palmeiras com o Porto também tem ingredientes de um time bem preparado, com jogadores de muita qualidade e um treinador que não abre mão do futebol total. Por isso o Alviverde fez o Porto sofrer, em especial nos 30 minutos finais do jogo.
Dentro da realidade brasileira, Palmeiras, Flamengo e Botafogo, este com grana estrangeira, têm orçamento robusto. Alcançam a terceira prateleira do poder financeiro de clubes europeus. Fluminense é mais modesto nesse item.
O certo é que os quatro brasileiros entregaram aos concorrentes o cartão de visita no Mundial de Clubes nesta primeira rodada.
Não querem bater à porta de europeus e resto do mundo. Querem entrar e tomar conta da sala.
Os quatro cavaleiros do apocalipse estão prontos a aterrorizar no Mundial. Estabelecer o caos nos rivais.
Exageros ou não, vamos aguardar a segunda rodada para se ter uma noção clara se Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo vivem apenas um sonho de verão nos Estados Unidos.
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