Luiz Antônio Prósperi – 4 julho (18h41) –
Fluminense vence Al Hilal por 2 a 1 e avança à semifinal do Mundial de Clubes. Inacreditável a se levar em conta as projeções dos brasileiros no torneio. De orçamento mais baixo entre Flamengo, Palmeiras e Botafogo, o Tricolor carioca reivindica seu lugar entre os grandes do mundo na Copa criada pela Fifa. Da fase de grupo ao mata-mata, derruba um a um e promove alguns predestinados como o garoto Hércules, autor dos gols decisivos nos jogos contra Inter Milão, segunda-feira, e Al Hilal nesta sexta-feira (04/7).
Hércules vem do futebol nordestino depois de sofrer grave lesão, passar quase um ano sem jogar bola até ser contratado pelo Fluminense. Menos de seis meses de adaptação ao clube carioca e ao mundo novo, vira vítima de fake news a espalhar uma suposta predileção por noitadas no Rio, mas aparece na hora certa. É dele o gol da vitória contra o time árabe bilionário. Gol do time “patinho feio” como disse Renato Gaúcho na véspera da partida.
O jogo em si nem se apresenta tão complicado. Renato repete mesmo sistema e escalação do triunfo em cima da Inter Milão. Espelha seu time na formação do Al Hilal idealizada pelo técnico italiano Simone Inzaghi. Marca, ataca pouco, sofre muito e carrega pedras até Martinelli fazer o gol ainda no primeiro tempo.
Leva um susto tremendo com o gol de Marcos Leonardo logo no início do segundo tempo. Range os dentes. Segura a onda árabe com muita entrega. E entra em êxtase com o gol de Hércules: 2 a 1. Dali para frente, era neutralizar o bombardeio aéreo dos azuis vestidos de branco. E suporta todos os ataques que chegam do alto. Vitória garantida. Semifinal, estamos aí.
Fluminense, antes limitado, não tem mais limites nesse Mundial de Clubes. Pode contar para todo mundo a história que começa assim: “Era uma vez um patinho feio… E acaba: “Patinho feio sofre, sobrevive, cresce e vira um enorme e altivo cisne”. Admirado por todos por sua beleza e pose.






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