Luiz Antônio Prósperi – 5 de julho (11h57) –

Palmeiras não tem Mundial. O drama continua. Rivais, em desvantagem nas conquistas nacionais e sul-americanas nos últimos dez anos, se agarram a esse carma e tripudiam. Está escrito que o futebol aceita tudo isso. A realidade, porém, é bem diferente. Cair diante do Chelsea nas quartas de final do Mundial de Clubes vai além das piadas dos adversários. O jogo mostra que sim, o Palmeiras poderia ter feito mais. Não fez. Volta para casa com mais problemas à soluções para resolver até o fim da temporada.

Antes de projetar o que vem de encrenca pela frente, não custa afirmar que perder do Chelsea não é o fim do mundo. Trata-se de um grande da Europa, com orçamento infinito, capaz de pagar R$ 400 milhões por João Pedro, tirar o garoto das férias e jogar aos leões na reta final do Mundial. Time de jovens e ótimos jogadores em quase todas as posições. Time engasgado com o 3 a 1 que levou do Flamengo na fase de grupos. Ser derrotado por mais um brasileiro e sob pena de eliminação no Mundial, não, de jeito nenhum.

Até por isso muda de postura, de estratégia e sufoca o Palmeiras por 30 minutos implacáveis. Faz 1 a 0 tirando proveito da fragilidade defensiva do adversário – sem a defesa titular – e desarranjos na marcação no meio-campo. Quando Abel Ferreira corrige a rota, o jogo ganha outro contorno, em especial no segundo tempo no gol de empate do genial Estevão.

Palmeiras poderia ter feito o 2 a 1, mas também levar o 3 a 1, a partir do momento em que os dois times se desamarram em busca dos gols.

Quis o destino que o jogo fosse decidido em lance casual do gol contra de Weverton, segundo registro oficial da Fifa, aos 37 minutos.

Fim de papo. Palmeiras, único brasileiro a não vencer um europeu no torneio. Palmeiras continua sem Mundial.

Agora, as encrencas.

A dois pontos do líder Flamengo no Brasileirão, nas oitavas de final da Libertadores com a melhor campanha na fase de grupos, encontro marcado com o Corinthians nas oitavas da Copa do Brasil, Abel Ferreira não terá mais Estevão e Paulinho, de cirurgia marcada.

Richard Rios tem propostas de clubes intermediários da Europa. E pensa em sair.

Felipe Anderson, titular na estreia no Mundial, sai no intervalo e vê o torneio inteiro do banco de reservas. Pouco aproveitado por Abel, Felipe vai ficar?

Vitor Roque continua na carestia de gols – marcou apenas 3 em mais de 20 jogos – e começa a ser cobrado.

Abel Ferreira, frustrado na terceira tentativa de conquistar um Mundial pelo Palmeiras, tem contrato até o fim deste ano 2025. Leila Pereira quer renovar até 2027. Abel renova?

Treinador português, por incrível que pareça, ainda tem uma oportunidade de dar um Mundial ao Palmeiras no fim deste ano, desde que conquiste a Libertadores e se credencie a enfrentar o PSG na Copa Intercontinental de Clubes 2025, chancelada pela Fifa, a ser disputada em dezembro.

Kkkkk kkkkkk, Intercontinental não é Mundial, tripudiam os rivais do Palmeiras. Ué, mas os Mundiais do Corinthians, São Paulo, Flamengo, Grêmio, Internacional e Santos não eram os Intercontinentais, as Copas Toyota?

Seja qual for a nomenclatura, se o Palmeiras ainda tem essa ambição, tem de jogar mais bola. E Abel Ferreira dar um jeito, de uma vez por todas, nesse ataque inimigo do gol de seu time.


Copa Intercontinental Fifa 2025*


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foto: Palmeiras oficial

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