⊕ Campeonato nacional volta com quatro novos treinadores, entrada e saída de jogadores e as mazelas de sempre

⊕ Expectativa é por um efeito positivo do Mundial de Clubes após elogios à participação dos clubes brasileiros na Copa


Luiz Antônio Prósperi – 11 julho (13h25) –

Brasileirão volta aos jogos neste fim de semana (12 e 13/7) depois de um mês paralisado para dar passagem ao Mundial de Clubes. Estamos na 13.ª rodada. Nesse tempo todo sem um joguinho para chamar de seu, o rio que corre debaixo da ponte carrega as costumeiras mazelas do jogo que se pratica aqui. Vamos viver expectativas de bom futebol sob efeito do Mundial, crises, gramados ruins, troca de treinadores, entrada e saída de jogadores e a paixão imortal do torcedor.

Guarde na memória os jogos do Mundial. Prazer de ver o PSG, o pragmático Chelsea, o Bayern Munique, solavancos do Real Madrid, Mamelodi, Al Hilal, façanhas de Fluminense, Palmeiras, Flamengo e Botafogo, a farra das torcidas nas ruas cenários do cinema americanos. De volta ao futuro.

A retomada do Brasileirão de cara vem com quatro treinadores novos.

Botafogo, mesmo com a façanha de vencer o invencível PSG no Mundial, reaparece com mudança de técnicos. Sai o português Renato Paiva e entra o italiano Davide Ancelotti, o filho do homem. Incógnita.

São Paulo recorre a outro argentino. Dispensa Luis Zubeldía em comum acordo e resgata Hernán Crespo, campeão paulista em 2021. O time é o mesmo com os dodóis Lucas e Oscar. Crespo vai sofrer.

Vitória espera vencer os 30 dias de paralisação para mandar embora Thiago Carpini e apostar em Fabio Carille, ainda sem um grande trabalho desde a saída do Corinthians lá pelos idos de 2017. É a corrida contra o rebaixamento.

Sport, lanterna absoluto do campeonato, apresenta Daniel Paulista no lugar do português Antonio Oliveira, o breve.

Entre os quatro cavaleiros do apocalipse no Mundial de Clubes, a lupa está no Flamengo. Desde que retornou dos EUA, a turbulência incomoda. Crise interna com chefões do futebol e a presidência. Venda de Gerson, um dos pilares do time. Rusga com Pedro, o artilheiro murchado. Bruno Henrique indiciado no ilícito das apostas. E Pulgar no estaleiro.

Palmeiras ressurge com crise de identidade. Não terá mais Estevão, agora de fato no Chelsea, e perde Paulinho na sala de nova cirurgia na canela. Investe no ponta paraguaio Ramón Sosa na vaga de Estevão. E Abel Ferreira se deita no divã.

Fluminense volta com a panca de melhor brasileiro no Mundial. Renato Gaúcho alçado à glória e pedindo respeito aos treinadores do país. Corre risco de perder Arias, o melhor de todos e alma do time. Flu vai ser cobrado até o fim a repetir o que fez nos EUA.

Botafogo vem com novo técnico e sem Igor Jesus e o zagueiro Jair Cunha, negociados com o Nottingham Forest da Premier League. Sem saber qual a estrepolia do dia por conta de John Textor, o caubói dono do Bota.

Dos que não foram ao Mundial é bom prestar atenção no Cruzeiro, o foguete antes da paralisação do campeonato. Vai sustentar a impulsão?

Tem a turma da crise. Corinthians e os problemas eternos de gestão, atraso de salários, Memphis Depay incomodado mais uma vez e a expectativa se Dorival Junior, o messias de sempre, vai dar conta de elevar futebol do time.

Atlético-MG também enrolado nos atrasos de salários e um time que não engrena. A novidade é Dudu, ex-Palmeiras e Cruzeiro.

Nordeste volta com Rogerio Ceni de contrato renovado com o Bahia. Fortaleza pertinho do fim da era de Juan Pablo Vojvoda, após quatro temporadas no comando do time.

E no Sul, nada de novo além dos Pampas. Grêmio e Internacional lutam em busca de dias melhores e resgate de suas identidades de times competitivos.

Fora do campo, as pragas de sempre. Gramados ruins, arbitragem decadente, horários esdrúxulos dos jogos, ingressos caros, desunião de dirigentes…

… E como a nova CBF, sob comando de Samir Xaud, o desconhecido, vai enfrentar as turbulências do Brasileirão, um dos mais competitivos campeonatos do mundo.

Bem-vindos ao chão de terra batida.

Detalhe: Neymar renova com o Santos. Teremos o velho menino a alegrar nossos campos por mais seis meses. Desde, é claro, que esteja com vontade de jogar bola… só bola.

Neymar no Brasileirão
Neymar pronto a ajudar o Santos – foto: Santos oficial

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