Gosto de uma equipe que não tenha uma identidade definida

A camisa do Brasil pesa muito e creio que é um grande orgulho vestir, porque eles (jogadores) são os melhores do mundo, entre eles o maior: Pelé


Luiz Antônio Prósperi – 5 de junho (13h05) –

Carlo Ancelotti estreia hoje (05/6) no comando da Seleção Brasileira. Enfrenta o Equador em Guayquil, a cidade mais populosa do país – 2,8 milhões de habitantes –, às 20h (18h local, temperatura estimada em 30 graus). Jogo da 15.ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. Seleção equatoriana é a segunda colocada e, se derrotar o Brasil, garante vaga na Copa. O time é bom. Defesa menos vazada – 5 gols sofridos em 14 jogos –, ataque de respeito. E a nossa Seleção sob as ordens do italiano Ancelotti?

“Como vamos jogar?… Não quero dizer que não sei, porque eu sei (risos). Gosto de uma equipe que não tenha uma identidade. Não quero deixar claro o que queremos fazer. Não uma equipe que defende em 4-4-2 ou no 4-3-3, não. Todos têm que defender, todos juntos. 4-3-3 ou 4-4-2 é imprescindível com a bola”, diz Ancelotti.

Entenderam?

“A criatividade que os jogadores têm, uma equipe organizada com a bola, sem a bola também. Um futebol que nos permite jogar um futebol atrativo e se ligar na criatividade. Não posso falar que não podem driblar, eles sabem o que têm a fazer. Trabalhar sem a bola e a criatividade com ela.”

Aos que acompanham o futebol de perto, nas minúcias, é fácil decifrar a mensagem do técnico italiano. Daqui para frente, não esperem uma Seleção com perfil definido, como a de Parreira no Tetra em 94 ou com Felipão no Penta em 2002 e até a de Telê em 82.

Vamos jogar como se fosse um time de clube, moldado de acordo como joga o adversário. Cada adversário, um jeito diferente de o Brasil jogar.

Ancelotti prefere uma Seleção sem identidade registrada. Como atuaram seus times campeões   na Espanha, Itália, Inglaterra, França e Alemanha. E na penca de taças da Champions League que conquistou.

Olhar de Ancelotti é do europeu. A Seleção Brasileira terá alicerces de uma esquadra europeia. Tão simples e sólido como o Coliseu de Roma.

Se vai funcionar ou não, resta esperar a bola rolar.

acompanhe cobertura da estreia de Ancelotti aqui: Prósperi News 

Por enquanto, o que temos é um tapete vermelho atrás do outro estendido a Carletto por onde ele passou ou ainda vai passar desde seu desembarque dia 25 de maio no Rio.

Que seja assim.

Ancelotti, de verdade, recebe uma Seleção sem lastro. Dizimada na campanha sofrível com Tite na Copa do Mundo Catar 2022, escalpelada com o interino Ramon Menezes e Fernando Diniz em 2023 e esfacelada com Dorival Júnior em 2024.

Não é uma tarefa fácil. Ancelotti tem consciência da encrenca:

“Eu já expliquei que tenho muito claro. Creio que a qualidade individual de cada um tem que se juntar para formar uma equipe… Só a qualidade individual no futebol não é suficiente. Tem que incorporar o sacrifício, a atitude. O jogador brasileiro tem uma sorte nisso, porque a camisa do Brasil pesa muito e creio que é um grande orgulho vestir, porque eles são os melhores do mundo, entre eles o maior: Pelé”.

Prestem atenção. Carletto disse Pelé. E não, Neymar.


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