
No clássico contra o Barcelona, sábado, Casemiro arrebatou multidões de torcedores. Disseram que o volante brasileiro havia guardado Lionel Messi no bolso. Atuação exuberante. Os mais apressados pediram a sua convocação à Seleção Brasileira. Seria titular fácil no lugar de Luiz Gustavo, não só por sua exibição diante do Barça como também pelo conjunto da obra no Real.
Quatro dias depois, Casemiro voltou a jogar pelo Real Madrid, agora contra o Wolfsburg, no jogo de ida das quartas de final da Champions League nesta quarta-feira na Alemanha. Do outro lado estava Luiz Gustavo, absoluto na Seleção desde 2014 com Felipão e com Dunga.
Sem ter Messi à sua frente ou Iniesta para dar o bote, Casemiro ficou quase sem função na proteção a Pepe e Sergio Ramos. Transitou entre a intermediária e a linha divisória do campo sem muito o que fazer. De importante, dois a três desarmes. Quando teve a bola, se limitou a passes laterais. Em nenhum momento avançou com a bola em busca dos atacantes do Real.
Para azar de Casemiro, ele ainda cometeu o pênalti em Schurrle que Rodriguez carimbou a rede, abrindo a vitória do Wolfsburg. Nos 15 minutos finais, o volante brasileiro jogou quase como um terceiro zagueiro. Não raro, foi driblado com facilidade.

Do outro lado, Luiz Gustavo também se limitou a se defender. Na posição 1, no esquema 4-1-4-1 do Wolfsburg. Cumpriu bem seu papel burocrático. Desarmou como um leão e rasgou a grama, ali entre a meia-lua de a intermediária. Nada exuberante. Nada diferente do que faz na Seleção desde sempre.
A favor de Luiz Gustavo é que o Wolfsburg, com os 2 a 0 em cima do Real nesta partida de ida, conseguiu boa vantagem no jogo de volta em Madri quando poderá perder por 1 a 0 para avançar, com a história nas costas, à semifinal da Champions League.
Como a Champions não é problema da Seleção e sim os brasileiros que defendem clubes europeus, a conclusão que podemos chegar é que os volantes Luiz Gustavo e Casemiro, aclamados pela crítica e boa parte dos torcedores, não acrescentam nada ao escrete verde-amarelo. Estamos a pé.