Pouco mais de 24h após a barbárie no estádio Rei Pelé, com o quase massacre de torcedores no gramado na final do Campeonato Alagoano, as entidades que dirigem o futebol continuam em silêncio profundo. Nem a CBF e muito menos o sempre zeloso Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) se manifestaram sobre a selvageria.
Mais que não se manifestar, os dirigentes também não convocaram uma reunião de emergência para pelo menos analisar esse caso grave de violência no futebol. Seria natural, por exemplo, a interdição do estádio, por parte da CBF, até que uma investigação sobre os responsáveis pela segurança fosse concluída e os vândalos punidos com o xilindró.
Difícil entender o silêncio da CBF e STJD. Até parece que os clubes de Alagoas não são filiados à CBF. Bom lembrar que o CRB vai disputar a Série B do Brasileirão-2016 e o CSA, a Série D.
A Federação Alagoana de Futebol (FAF) já isentou CRB e CSA de culpa na barbárie. O presidente da FAF, Felipe Feijó, garantiu que os clubes locais não incentivam as torcidas organizadas e que vai tentar a extinção das facções
E as forças de segurança de Alagoas vieram a público para informar o início das investigações e a prisão de quatro suspeitos.
O Conselho Estadual de Segurança (Conseg) diz que vai apurar a selvageria e se houve negligência na atuação da Polícia Militar. E o governador Renan Calheiros Filho, por meio de redes sociais, disse: “selvageria e violência inaceitáveis e que envergonham as famílias”. Ah, bom. Ainda bem que o governador deu esse recado.