
Havia muita expectativa sobre o comportamento da Argentina sem Lionel Messi, recuperando-se de uma lesão nas costas. O adversário era o Chile, atual campeão da Copa América. Indício de que a prova sem o astro maior seria terrível em Santa Clara, nesta segunda-feira, na estreia das duas seleções.
Que nada. Os argentinos venceram por 2 a 1 sem contestação e apresentaram o futebol de Banega, de 27 anos, o motor do Sevilla campeão da Uefa League. Banega, evidente, não é Messi, mas fez a Argentina girar ao seu redor nessa expressiva vitória contra os chilenos e se deu bem.
Mais que os três pontos na estreia, a Argentina mostrou um futebol empolgante, ágil, de repertório e entrega, bem diferente daquela lerdeza e sem proposta que a Seleção Brasileira exibiu no empate com o Equador por 0 a 0, no sábado.
O JOGO
No primeiro tempo, os argentinos foram mais incisivos. Buscaram o gol a todo instante, usando mais o setor esquerdo do ataque por onde habita Di María. Criaram boas chances nas oito finalizações contra apenas duas dos chilenos.
O Chile optou por cuidar da sua casa. Quando saía, era por meio de bolas esticadas a Alexis Sánchez e Vargas. Fiel ao seu estilo dos últimos anos, o time não teve pressa. E só incomodou para valer nos últimos dez minutos.
No segundo tempo, Banega apareceu. Encarregado de carregar o piano e articular o ataque, o meia do Sevilla assumiu o comando do time. Comando que ele deu mostras de executar em alguns momentos do primeiro tempo.
Bom lembrar que, sem Messi, alguém tinha de ser protagonista. Então Banega bateu no peito. Deixa comigo. Aos 6 minutos, deu o bote em Aránguiz, roubou a bola e serviu na medida para Di María, entrando pelo setor esquerdo da área chilena, fuzilar Claudio Bravo.
Na comemoração do gol, Di María fez uma homenagem à sua avó, que havia falecido nesta segunda-feira.
Sete minutos depois, foi a vez de Di María puxar um contra-ataque e retribuir a gentileza a Banega, que bateu rasteiro e venceu o goleiro chileno. Argentina 2 a 0 Chile
Os dois gols deixaram os chilenos atordoados. Eles ainda perderam o lateral-esquerdo Mena (foto), do São Paulo, por lesão muscular – pode ser problema para o Tricolor na Libertadores.
A desvantagem no placar, obrigou o Chile a se expor ao avançar suas peças e a franquear seu campo ao contra-ataque argentino. O jogo ficou mais crispado. Tenso. De muita correria.
No desespero, Pizzi, treinador dos chilenos, mandou Vidal atuar como um centroavante tendo a seu lado Pinilla, que entrou no lugar de Vargas, e Sánchez. Tata Martino respondeu com Aguero na vaga de Higuaín. Uma aposta na velocidade e versatilidade de Aguero.
Essas mexidas no tabuleiro não mudaram o curso do rio. Apenas no último minuto, Fuenzalida diminuiu para o Chile ao aproveitar uma falha do goleiro Romero, em cobrança de uma falta do setor esquerdo.
O gol tardio dos chilenos não diminuiu o tamanho da vitória da Argentina, dona do jogo. E vem aí Lieonel Messi.
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